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Zelensky pede ajuda à Otan para ucranianos sobreviverem a mais um inverno em guerra

Em visita surpresa à Otan nesta quarta-feira (11), a primeira à Aliança Militar do Atlântico Norte desde o início da ofensiva russa em seu país, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pressionou seus aliados a continuarem fornecendo armas à Ucrânia.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky durante entrevista coletiva em Bruxelas. 11/10/2023.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky durante entrevista coletiva em Bruxelas. 11/10/2023. AFP - YVES HERMAN
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Volodymyr Zelensky foi recebido na sede da Otan pelo secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, e participa de uma reunião dos ministros da Defesa do bloco. "Para nós é muito importante sobreviver ao próximo inverno. Estamos nos preparando, precisamos de apoio dos líderes. É por isso que eu estou aqui hoje", disse o presidente ucraniano em sua chegada.

Os ministros da Defesa desta organização discutem sobre a entrega de armas à Ucrânia, enquanto o país está concentrado em manter uma contraofensiva aos ataques russos, e sobre o fornecimento de defesas aéreas.

Stoltenberg garantiu a Zelensky: "estaremos ao seu lado para prestar apoio à Ucrânia, porque isto é muito importante para toda a Otan".

A passagem de Zelensky pela sede da organização em Bruxelas ocorre em meio a temores de que o ataque do grupo palestino Hamas a Israel pudesse distrair as atenções dos Estados Unidos sobre a guerra na Ucrânia.

Na terça-feira (10), em uma entrevista à emissora francesa France 2, Zelensky expressou sua preocupação de que o conflito no Oriente Médio desviasse a "atenção internacional" da Ucrânia e que isso pudesse ter "consequências".

Na entrevista à France 2, Zelensky ainda acusou a Rússia de "dar o seu apoio" aos ataques perpetrados pelo Hamas em Israel. "A crise atual (...) demonstra de fato que a Rússia busca realmente realizar ações de desestabilização em todo o mundo", acrescentou.

Apoio ao povo israelense

O líder ucraniano também exortou os países-membros da Otan a expressarem o seu apoio ao povo israelense, para mostrar que "eles não estão sozinhos".

"Minha recomendação aos líderes é de irem a Israel para apoiar o povo, apenas o povo. Não estou falando de nenhuma instituição, apenas para apoiar as pessoas que estiveram sob ataques terroristas", disse Zelensky.

Os EUA garantiram que a decisão de aumentar o apoio militar a Israel depois do ataque surpresa do Hamas não irá prejudicar a sua capacidade de continuar fornecendo armas para a Ucrânia.

A crise em Israel coincide com os esforços de Washington para encontrar uma forma de manter o fluxo de abastecimento militar à Ucrânia, em meio a negociações complexas no Congresso americano.

Desde o início da ofensiva russa, em fevereiro de 2022, a quantidade de armas fornecidas à Kiev pelos Estados Unidos equivale à soma destes esforços militares por parte de todos os países europeus da Otan e o Canadá juntos.

(Com informações da AFP)

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