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Hamas analisa contraproposta para trégua em Gaza; França quer reduzir tensões no Líbano

Os combates continuam no Oriente Médio, com ataques israelenses contra o leste do Líbano ontem. O exército israelense também continua bombardeando a Faixa de Gaza, especialmente a cidade de Rafah, no sul. Moradores relataram ataques na noite de sexta-feira (26). Algumas horas antes, uma delegação egípcia havia chegado a Israel para tentar relançar o processo de negociação.

Jovens palestinos vasculham os escombros de um prédio atingido durante um bombardeio israelense noturno em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 25 de abril de 2024.
Jovens palestinos vasculham os escombros de um prédio atingido durante um bombardeio israelense noturno em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 25 de abril de 2024. AFP - MOHAMMED ABED
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Nesse contexto, o Hamas palestino anunciou que estava estudando uma "contraproposta israelense" na tentativa de conseguir uma trégua e a libertação dos reféns israelenses. Mas quais seriam os parâmetros atuais das negociações indiretas entre o Hamas e Israel?

As discussões estão se concentrando na duração de uma trégua, na retirada do exército israelense de toda ou parte da Faixa de Gaza, no retorno dos palestinos deslocados às suas áreas de origem, além da ajuda humanitária, segundo Nicolas Falez, correspondente especial da RFI em Jerusalém.  Também diz respeito ao número de reféns israelenses a serem libertados no caso de um acordo - várias dezenas, levando em conta que 133 reféns ainda estão em Gaza, mas menos de cem ainda estão vivos.

Do lado israelense, seja para aceitar uma trégua para garantir a libertação dos reféns do Hamas ou para lançar uma operação militar terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, o governo se encontra nessa mesma encruzilhada há semanas, sem conseguir definir a direção que tomará para o país.

Neste sábado (27) à noite, milhares de israelenses ainda se manifestarão para exigir a libertação dos reféns, ou para exigir a saída do governo, ou até mesmo para ambas as exigências. Mas com uma imagem em mente: o vídeo de um dos reféns, publicado esta semana pelo Hamas. Havia meses que uma tal prova de vida não era divulgada.

França quer conter a violência entre Hezbollah e Israel

Enquanto isso, o Ministro das Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, se encontra no Oriente Médio. Ele visitará Israel, os territórios palestinos e a Arábia Saudita. Mas antes disso, ele deve chegar a Beirute no sábado, 27 de abril. O objetivo do chefe da diplomacia francesa é tentar deter a crescente violência entre o Hezbollah e Israel, segundo Daniel Vallot, da RFI.

De fato, essa tem sido uma ambição declarada da diplomacia francesa desde fevereiro: evitar uma conflagração na fronteira entre o Líbano e Israel. Após uma primeira viagem a Beirute em fevereiro, o chanceler Stéphane Séjourné colocará uma proposta diplomática francesa na mesa no Líbano para tentar pôr fim aos confrontos.

 "Durante sua última viagem, o ministro apresentou propostas às autoridades libanesas e israelenses. Recebemos um feedback inicial bastante positivo das autoridades libanesas", relatou Christophe Lemoine, porta-voz adjunto do Ministério das Relações Exteriores da França. Mas eu acho que essas propostas continuarão a ser discutidas, porque, mais uma vez, o objetivo é evitar uma conflagração regional e impedir que a situação se deteriore ainda mais na fronteira entre Israel e o Líbano", contextualizou.

No Líbano, o grupo armado Jamaa Islamiya, que é próximo ao Hamas e ao Hezbollah libanês, afirmou na sexta-feira (26), que dois de seus quadros haviam perdido a vida em uma operação israelense. Por enquanto, o Quai d'Orsay revelou poucos detalhes de suas propostas. Mas a França quer agir rapidamente, temendo que uma ofensiva israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, possa inviabilizar qualquer tentativa de apaziguamento na fronteira entre o Líbano e Israel.

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