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Pequim e Washington devem ser “parceiros, não rivais”, diz Xi Jinping após encontro com Blinken

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, foi recebido esta sexta-feira (26) pelo presidente da China, Xi Jinping. O líder chinês elogiou os progressos alcançados nas relações entre os dois países, embora muitos problemas ainda precisem ser resolvidos, disse.  

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reúne-se com o presidente chinês Xi Jinping no Grande Salão do Povo, em Pequim, China, em 26 de abril de 2024.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reúne-se com o presidente chinês Xi Jinping no Grande Salão do Povo, em Pequim, China, em 26 de abril de 2024. © Mark Schiefelbein / Reuters
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Stéphane Lagarde, correspondente da RFI em Pequim.   

As coisas avançam, mas nada está ganho, resumiu o presidente chinês ao receber o secretário de Estado americano no Grande Salão do Povo. Desde quarta-feira (24), Antony Blinken faz sua segunda visita à China em menos de um ano. Várias questões, fontes de divergência entre as duas potências como Rússia, Taiwan, comércio e tráfico de fentanil, foram discutidas durante reuniões oficiais. 

A China e os Estados Unidos devem ser “parceiros, não rivais”, disse Xi Jinping. Mas para que isso aconteça, “Washington deve adotar uma visão positiva em relação ao desenvolvimento chinês”, disse o líder asiático.

O argumento de que a administração americana “quer impedir a ascensão da segunda maior economia do mundo” não é novo e foi discutido, entre outros assuntos, durante as cinco horas e meia de conversas “profundas e construtivas” – segundo o lado americano – entre Antony Blinken e o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, na manhã de sexta-feira.  

Yi também lembrou a linha vermelha representada por Taiwan para a China. A ilha de 23 milhões de habitantes é reivindicada por Pequim e apoiada militarmente por Washington. 

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Boas relações com o Irã

Em uma coletiva de imprensa ao final do dia na Embaixada dos Estados Unidos, Antony Blinken disse ter alertado as autoridades chinesas contra manobras perigosas perto das Filipinas. 

Blinken também disse que tinha informado a China sobre suas preocupações com o apoio de Pequim à Rússia, afirmando que a invasão da Ucrânia seria mais "difícil” sem o apoio chinês.  

Sobre o Oriente Médio, o secretário de Estado disse que “as relações que a China mantém podem ser positivas para tentar pacificar as tensões, impedir uma escalada e evitar uma propagação do conflito”, se referindo à influência de Pequim sobre o Irã.  

Um consenso de cinco pontos foi publicado pela imprensa estatal: as duas partes concordam em manter intercâmbios em todos os âmbitos e continuar os esforços para estabilizar suas relações.  

Washington e Pequim anunciaram também a realização de um diálogo sino-americano sobre inteligência artificial. 

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