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Soldados americanos iniciam construção de cais para entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza

Os Estados Unidos iniciaram a construção de um cais em Gaza, anunciou quinta-feira (24) o Pentágono. O projeto visa facilitar a entrega de ajuda humanitária ao território palestino bombardeado e sitiado por Israel.

Uma aeronave lança ajuda humanitária sobre o norte da Faixa de Gaza, como visto do centro de Gaza, segunda-feira, 1º de abril de 2024.
Uma aeronave lança ajuda humanitária sobre o norte da Faixa de Gaza, como visto do centro de Gaza, segunda-feira, 1º de abril de 2024. AP - Abdel Kareem Hana
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Confrontado com atrasos e bloqueios por parte de Israel na entrega por via terrestre de ajuda humanitária a uma Faixa de Gaza atingida por uma catástrofe humanitária, o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou no início de março a construção de um porto artificial.

Os navios militares americanos "começaram a construir (...) o porto temporário e o cais no mar", disse à imprensa o porta-voz do Pentágono, general Pat Ryder.

O cais deverá estar operacional a partir do início de maio e “tudo está a correr conforme planejado para o momento”, garantiu o porta-voz.

A ajuda chegará primeiro a Chipre, onde será sujeita a verificação e depois será preparada para entrega, disse um alto funcionário militar americano. Depois, será transportada por navios comerciais para uma plataforma flutuante ao largo da costa da Faixa de Gaza, e em seguida por navios mais pequenos até ao cais.

A capacidade operacional será inicialmente de 90 caminhões de ajuda por dia, depois de 150 por dia, especificou ainda.

Um alto funcionário da administração dos EUA disse que a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) faria parceria "com organizações das Nações Unidas para fornecer ajuda que salva vidas assim que chegar a Gaza através do corredor marítimo".

 “Toda a população de Gaza – 2,2 milhões de pessoas – enfrenta uma crise alimentar aguda”, sublinhou.

Nenhuma tropa no terreno   

A ONU e as ONG salientam regularmente que esse tipo de iniciativa não pode, no entanto, substituir um aumento essencial na entrada de ajuda humanitária por via terrestre, para uma população faminta que enfrenta escassez de equipamento médico.

O responsável dos EUA reiterou que a medida não envolveria “tropas terrestres” no território palestino devastado pela guerra e disse que uma unidade militar israelense ancoraria o cais à costa.

O Pentágono também mencionou um “ataque de morteiro” que causou danos mínimos nas proximidades da área onde a ajuda deveria ser desembarcada.

Cogat, uma agência subordinada ao Ministério da Defesa de Israel responsável pelos assuntos civis palestinos, disse que os morteiros atingiram um local humanitário não especificado no norte da Faixa de Gaza no dia anterior, sem causar quaisquer vítimas.

Um alto oficial militar americano disse não acreditar que este "ataque tenha algo a ver com a missão americana" de construir o cais.

A guerra em Gaza foi desencadeada após o ataque sem precedentes do Hamas palestino em 7 de outubro em solo israelense, que resultou na morte de 1.170 pessoas, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

A vasta retaliação militar de Israel causou uma catástrofe humanitária e deixou mais de 34 mil mortos na Faixa de Gaza, principalmente civis, segundo o ministério da Saúde do Hamas.

(com AFP)

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