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Crianças na linha de frente: Lula pede proteção a menores dos dois lados do conflito Hamas-Israel

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu nesta quarta-feira (11) a proteção das “crianças palestinas e israelenses” presas na guerra entre Israel e o Hamas. Em um comunicado postado no X (antigo Twitter), Lula destaca a urgência de uma intervenção humanitária internacional. "É urgente um cessar-fogo para defender as crianças israelenses e palestinas", disse Lula. A situação de menores no meio do fogo cruzado choca o mundo.

Des agents de police israéliens évacuent une femme et son enfant d'un quartier touché par un tir de roquette dans la bande de Gaza, à Ashkelon, le 7 octobre 2023.
Des agents de police israéliens évacuent une femme et son enfant d'un quartier touché par un tir de roquette dans la bande de Gaza, à Ashkelon, le 7 octobre 2023. AP - Tsafrir Abayov
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“Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio”, diz o comunicado. “Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo”, continua.

“É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra”, completa Lula.

O presidente ainda destaca que “o Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo”.

No sábado (7), após a ofensiva do Hamas, o presidente brasileiro denunciou “ataques terroristas perpetrados contra civis” em Israel.

Dois brasileiros mortos

Dois cidadãos brasileiros, um homem e uma mulher, morreram em Israel nos ataques, e uma pessoa continua desaparecida, de acordo com as autoridades brasileiras. 

Mais de 200 brasileiros já foram repatriados de Israel no primeiro voo fretado por Brasília, desde o início do conflito. Ao todo, 211 passageiros estavam no avião militar vindo de Tel Aviv, que pousou antes do amanhecer em Brasília, onde foram recebidos por seus familiares.

Cerca de 14 mil brasileiros residem em Israel e 6 mil nos Territórios Palestinos. Alguns saíram da região em aviões comerciais. Um segundo voo de repatriação brasileiro deve chegar ao Brasil na quinta-feira (12).

Situação de crianças choca e preocupa o mundo

A notícia de que os corpos de 40 bebês e crianças foram encontrados em Kfar Aza, comunidade atacada pelo Hamas, causou indignação internacional.

Por enquanto não há evidências do número de bebês mortos ou que tenham sido decapitados, conforme chegou a afirmar a mídia local i24News. 

Na terça-feira (9) a Diretora-Executiva do UNICEF, (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Catherine Russell, se pronunciou sobre a deterioração da situação das crianças em Israel e no Estado da Palestina.  “Nada justifica o assassinato, a mutilação ou o rapto de crianças – graves violações de direitos que a UNICEF condena veementemente”, diz o comunicado. “No entanto, (…) após a eclosão de uma violência horrível em Israel, os relatórios indicam que as graves violações dos direitos das crianças são galopantes. Muitas crianças foram mortas ou feridas, enquanto inúmeras outras foram expostas à violência”, denuncia.

“O UNICEF apela aos grupos armados, ou aos responsáveis, pela libertação imediata e segura de quaisquer crianças mantidas como reféns em Gaza, para que possam se reunir com as suas famílias. E apelamos a todas as partes para que protejam as crianças de perigos, em conformidade com o direito humanitário internacional”, alerta a nota.

“Também estou profundamente preocupada com as medidas para bloquear a eletricidade e impedir a entrada de alimentos, combustível e água em Gaza, o que pode colocar em risco a vida das crianças”, denuncia Russell. “Lembro a todas as partes que nesta guerra, como em todas as guerras, são as crianças que sofrem primeiro e as que mais sofrem,” finaliza o texto.

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