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Marrocos registra 50,4°C e bate novo recorde de temperatura

A estação meteorológica de Agadir, no sul de Marrocos, registrou 50,4°C na última sexta-feira (11). A Direção-Geral de Meteorologia (DGM) do país indicou que esse é o novo recorde nacional.

Pessoas lotam praia em um dia quente em Rabat, no noroeste do Marrocos, em 31 de julho de 2023.
Pessoas lotam praia em um dia quente em Rabat, no noroeste do Marrocos, em 31 de julho de 2023. AP
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Segundo o órgão, o recorde precedente datava de 13 de julho, quando Smara, cidade do Saara ocidental, registrou 49,9°C. Segundo a DGM, essa é a primeira vez na história do país, desde que as temperaturas começaram a ser registradas, que o calor ultrapassa os 50°C.  

Desde o início do verão, todo o território marroquino foi atingido por uma série de ondas de calor que levaram os termômetros a registrarem recordes. Segundo especialistas, a média está de 5°C a 13°C mais alta que as temperaturas consideradas normais para essa época do ano. 

“Este tempo escaldante se deve à chegada de uma massa de ar seco e quente pelo Sul provocando um aumento significativo das temperaturas, principalmente na sexta-feira e no sábado”, explicou a DGM em um comunicado. 

Incêndios florestais

A onda de calor no Marrocos é apontada como a responsável por incêndios florestais nos últimos dias no norte do país, perto de Tânger, e na província de Taza, no leste. As chamas, alimentadas por ventos violentos, danificaram ou destruíram várias centenas de hectares de vegetação. 

O último mês de julho foi considerado o mais quente já registrado na Terra, segundo o serviço europeu Copernicus. No Marrocos, o período é considerado o quarto mais quente desde 1961. 

Iraque pode registrar 51°C

O Iraque também enfrenta uma onda de calor intensa e sufoca nesta segunda-feira (14) pelo segundo dia consecutivo. A capital Bagdá registrou 50°C no domingo (13) e o sul do país pode registrar 51°C hoje nas regiões de Samawah, Nassiriya, Diwaniyah et Najaf, indicou Amer al-Jabri, porta-voz da agência meteorológica iraquiana. 

Em algumas províncias, como Dhi Qar, no sul, as autoridades reduziram o horário de trabalho dos funcionários públicos. Mas os iraquianos que têm que trabalhar ao ar livre evocam um calvário. 

É o caso de Faleh Hassan, 41 anos, entregador de móveis e eletrodomésticos. "O calor é indescritível, mas sou obrigado a trabalhar. Não tenho outra opção", diz o pai de família que tem seis filhos. 

Boa parte da população iraquiana não tem ar-condicionado. Neste país, imensamente rico em petróleo, a rede elétrica é precária e só abastece as residências algumas horas por dia devido à sua falta de manutenção e capacidade. 

Segundo a ONU, o Iraque é um dos cinco países mais expostos a certos efeitos das mudanças climáticas. O país enfrenta seu quarto ano consecutivo de seca e falta de chuvas, resultando em temperaturas extremamente altas e perda de sua biodiversidade. 

(Com informações da AFP

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