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Ucrânia acusa Rússia de planejar ataque e vazamento radioativo contra central de Zaporíjia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou nesta quinta-feira (22) a Rússia de preparar um "atentado terrorista" que inclui um vazamento radioativo na central de Zaporíjia, ocupada pelas tropas russas no sul do país. 

Vista da usina nuclear de Zaporíjia e do rio Dnipro, do outro lado de Nikopol, Ucrânia, em 22 de agosto de 2022.
Vista da usina nuclear de Zaporíjia e do rio Dnipro, do outro lado de Nikopol, Ucrânia, em 22 de agosto de 2022. AP - Evgeniy Maloletka
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"O serviço de inteligência recebeu informações de que a Rússia está se preparando para um atentado terrorista na central nuclear de Zaporíjia, que inclui a liberação de radiação", escreveu Zelensky no Telegram.

 A segurança na maior central nuclear da Europa é uma das maiores preocupações da comunidade internacional desde o início da ofensiva de Moscou na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

O risco de um acidente radioativo cresceu após a destruição de uma represa que fornecia água de refrigeração para os reatores da usina, que já ficou sem energia elétrica diversas vezes. Kiev acusa Moscou de posicionar soldados e armas na central nuclear.

O Kremlin reagiu às acusações de Zelensky e citou a recente visita do diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, que esteve em Zaporíjia em 15 de junho. O representante da agência considerou a situação "grave", mas estável.  "É mais uma mentira. Acabamos de ter contatos com a AIEA", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

A central  é a maior da Europa e já foi visada por ataques diversas vezes. A destruição em maio da barragem de Kakhova também gerou preocupação para o abastecimento do tanque utilizado para resfriar os seis reatores da usina. A Ucrânia acusou a Rússia de explodir a barragem para desacelerar a contraofensiva no sul, mas Moscou responsabiliza os ucranianos pela explosão.

Nesta quinta-feira, um outro ataque danificou a ponte de Tchongar que anexa a Crimeia a uma região no sul da Ucrânia, parcialmente ocupada pelas forças armadas russas, que acusaram os ucranianos. A ponte é formada por duas estradas paralelas que ligam a Crimeia à região de Kherson.

Premiê ucraniano mantém otimismo

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, disse nesta quinta-feira que a contraofensiva contra as forças russas vai demorar, mas está "otimista" em relação a seu resultado. "Efetuamos operações ofensivas inteligentes e, por esta razão, isso tomará tempo", declarou em Londres, durante uma coletiva de imprensa. O país sedia uma conferência internacional para a reconstrução da Ucrânia.

Esta contraofensiva é composta por "uma série de operações militares: às vezes é ofensiva; às vezes é defensiva", disse. Em entrevista à imprensa na quarta-feira (21), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu que os avanços no campo de batalha estão sendo "mais lentos do que o desejado".

"Alguns pensam que é um filme de Hollywood e esperam resultados agora. Não é o caso", disse ele. A Rússia garantiu, nesta quinta-feira, que as forças ucranianas no leste e no sul do país estão, no momento, limitando seus esforços para recuperar o território.

(Com informações da AFP)

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