Consumo de eletricidade na China dispara com temperaturas recordes para a estação
O termômetro atingiu quase 40°C nesta sexta-feira (16) em Pequim e em várias megacidades da China. Esse aumento nas temperaturas está levando a um consumo de eletricidade muito maior do que nos anos anteriores.
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Stéphane Lagarde, correspondente da RFI em Pequim
A caixa registradora da vendedora de sorvete apita o mais alto que pode. É hora da saída da escola e o grande balcão de sorvetes é um ímã para todas as crianças das redondezas.
"Não liguei o ar-condicionado porque, com ele ligado, eu estaria pagando 1.000 yuans (cerca de R$ 800) por mês pela eletricidade da loja. Está muito quente, mas não tenho escolha. A conta de luz é muito alta. Muitas residências usam eletricidade, mas ela é muito cara", diz.
"Nossa casa gasta muita eletricidade"
De acordo com a empresa de rede elétrica de Pequim, as temperaturas recordes registradas desde março de 2023 aumentaram o consumo de eletricidade: +30% apenas no segundo trimestre.
Em algumas residências, isso levou a cortes de energia. Para uma moradora de Pequim, isso aconteceu no mês passado. "No início, pensei que fosse o disjuntor ou um curto-circuito. Depois, as informações foram divulgadas no WeChat, e todos os moradores tiveram o mesmo problema. Disseram-nos que nossa residência estava gastando muita eletricidade. Apagões como esse são raros em maio. Normalmente, isso acontece em julho ou agosto, o período mais quente de Pequim", considerou.
O clima está fora de controle na China. Esta semana, o observatório meteorológico da capital emitiu um alerta amarelo para as altas temperaturas, incentivando os mais vulneráveis a tomar cuidado com insolações.
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