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Sudão: papa pede diálogo diante de confrontos; reserva de leões perto da capital pede ajuda urgente

O papa Francisco pediu neste domingo (23), "diálogo" diante da "grave" situação no Sudão, onde combates sangrentos entre o exército e os paramilitares ocorrem há mais de uma semana. Uma reserva de animais nos arredores da capital Cartum pede ajuda urgente para alimentar 25 leões famintos.

Captura de tela da AFP TV mostra um comboio deixando Cartum em direção a Port Sudan (23/04/23).
Captura de tela da AFP TV mostra um comboio deixando Cartum em direção a Port Sudan (23/04/23). AFP - ABUBAKARR JALLOH
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"Infelizmente, a situação no Sudão continua grave, por isso renovo meu apelo para que a violência cesse o mais rápido possível e o caminho do diálogo seja retomado", disse Francisco durante a tradicional oração dominical na Praça de São Pedro no Vaticano.

"Convido a todos a rezar por nossos irmãos e irmãs sudaneses", acrescentou o pontífice argentino.

A violência nesse país do nordeste africano eclodiu em 15 de abril entre dois generais governantes que deram um golpe em 2021. Os confrontos acontecem principalmente em Cartum, a capital, e na região de Darfur, no oeste do país.

Até agora, os confrontos deixaram mais de 420 mortos e 3.700 feridos no país de cerca de 45 milhões de habitantes, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS). Vários países iniciaram operações para evacuar seus cidadãos presos, como Estados Unidos, França ou Turquia.

Retirada de estrangeiros

Tropas dos EUA mobilizaram helicópteros para retirar funcionários da embaixada da capital devastada pela batalha do Sudão, disse o presidente Joe Biden no domingo, enquanto outras nações tentavam ajudar seus cidadãos a fugir de combates mortais entre generais rivais.

A França também lançou no domingo operações de retirada da nação do nordeste da África, onde os combates em andamento entraram em sua segunda semana.

Reserva pede ajuda

Uma reserva que abriga 25 leões no Sudão lançou um alerta neste domingo (23) sobre a fome dos felinos e a falta de energia elétrica, que ameaça a resistência das cercas de segurança.

A reserva Al Baqer, a uma hora de carro ao sul da capital Cartum, alertou que está ficando sem comida para alimentar os mamíferos, que consomem entre 5kg e 10kg de carne por dia.

O centro também alertou que não tem energia elétrica para alimentar as cercas de segurança dos recintos.

Apesar dos confrontos, "continuamos com os animais todos os dias (...) mas a falta de eletricidade é uma ameaça real: nossos dispositivos de segurança [para portões elétricos] dependem em grande parte disso", alertou a reserva.

A reserva está "nas imediações de uma base militar em combate", disse o Centro de Resgate de Animais do Sudão em uma mensagem publicada nas redes sociais.

O centro, que se estende por mais de quatro hectares, pede alimentos e combustível para os geradores.

A reserva também abriga "meia dúzia de hienas, muitos macacos, tartarugas, pássaros, seis gazelas, dois camelos" e outros animais domésticos, disse.

O número de leões africanos no mundo diminuiu 40% em três gerações, segundo a ONG WWF. Atualmente, existem pouco mais de 20.000 espécimes na natureza, incluindo um punhado no Parque Nacional Dinder, no Sudão, perto da fronteira com a Etiópia.

(com AFP)

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