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GAFAM: Google anuncia cortes de 12 mil empregos; Apple resiste

Como a Google, que anunciou nesta sexta-feira (20) a eliminação de cerca de 12.000 empregos em todo o mundo, uma onda de planos sociais afetou os GAFAM — Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft — desde o meio do ano passado. A incerteza que acompanha as atuais crises econômica, geopolítica e social acabou impactando os gigantes da tecnologia que, em poucas semanas, demitiram mais de 60.000 pessoas. A única empresa que ainda resiste é a Apple. 

A logomarca da Google na loja da empresa em Manhattan, New York, Estados Unidos, em 17 de novembro de 2021. O grupo anunciou nesta sexta-feira, 20 de janeiro de 2023, a demissão de 12.000 funcionários no mundo.
A logomarca da Google na loja da empresa em Manhattan, New York, Estados Unidos, em 17 de novembro de 2021. O grupo anunciou nesta sexta-feira, 20 de janeiro de 2023, a demissão de 12.000 funcionários no mundo. Reuters - ANDREW KELLY
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Alegando adaptações ao "contexto econômico", a Alphabet, sede da Google, anunciou que vai eliminar 12.000 postos de trabalho em todo o mundo, ou seja, 6% de seus trabalhadores. 

Os cortes de empregos serão feitos "em todos os departamentos, funções, níveis de responsabilidade e regiões", disse Sundar Pichai, CEO da Google, sem dar mais detalhes.

Os funcionários americanos envolvidos já foram notificados. Em outros países, o procedimento levará mais tempo, dependendo da legislação trabalhista local. Nos Estados Unidos, os funcionários demitidos receberão pelo menos dezesseis semanas de salário, seus bônus para 2022, férias remuneradas e seis meses de cobertura de saúde.

Funcionários estrangeiros estabelecidos nos Estados Unidos também poderão se beneficiar de assistência em seus procedimentos legais se desejarem permanecer em solo americano.

Antecedentes

A gigante americana da informática Microsoft anunciou, na quarta-feira (18), a demissão de cerca de 10.000 funcionários até o final de março.

Nas semanas anteriores, Meta (Facebook, Instagram), Amazon e Salesforce também decidiram se separar de vários milhares de funcionários.

O setor de tecnologia enfrenta um período difícil em um contexto de alta inflação e aumento das taxas de juros após um bom período, especialmente no auge da pandemia de Covid-19 e dos lockdowns.

Apple resiste

A Apple é a única empresa entre os gigantes da tecnologia que ainda não fez nenhuma demissão, embora a empresa tenha anunciado, no final de 2022, que havia desacelerado significativamente as contratações. 

Entre todas os grupos de tecnologia, a empresa americana é a que menos aumentou seu quadro de colaboradores, não só durante a pandemia, mas desde 2015. Enquanto na Microsoft, nos últimos dois anos, a força de trabalho cresceu 36%, a da Apple evoluiu menos de 15%.

Veja empresas que demitiram: 

Amazon

A gigante do comércio eletrônico Amazon anunciou, em 5 de janeiro, que cortaria "pouco mais de 18.000" empregos em todo o mundo, inclusive na Europa. O plano de demissões deve incidir principalmente sobre as lojas administradas pelo grupo e os recursos humanos. O grupo de distribuição recrutou muito durante a pandemia de Covid-19 para atender à explosão da demanda, dobrando sua equipe global entre o início de 2020 e o início de 2022, chegando a 1,54 milhão de funcionários, no final de setembro. 

Meta

A Meta, empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou em novembro passado a redução de 11.000 empregos, ou cerca de 13% de seus trabalhadores. Este é o primeiro plano social da história do grupo.

A empresa, que tinha cerca de 87.000 funcionários em todo o mundo no final de setembro, teve um desempenho financeiro decepcionante no terceiro trimestre de 2022, com uma queda acentuada na receita e nos lucros e uma estagnação no número de usuários.

Microsoft

A Microsoft realizou duas rodadas de demissões, uma em julho de 2022, que afetou menos de 1% da força de trabalho, e uma segunda em outubro, que atingiu menos de 1.000 pessoas. Uma nova onda de cortes pode ocorrer em suas equipes de engenharia, garantiu a agência Bloomberg, em 17 de janeiro. Informação que a firma se recusou a comentar.

A empresa tem atualmente 221.000 funcionários, incluindo 122.000 nos Estados Unidos, de acordo com seu site.

Twitter

Após comprar o Twitter, Elon Musk, iniciou imediatamente um plano de demissões em massa no início de novembro de 2022, afetando cerca de metade dos 7.500 funcionários da rede social.

Para financiar sua aquisição em U$ 44 bilhões, o bilionário endividou a empresa cuja saúde financeira já era frágil desde que registrou um déficit significativo nos dois primeiros trimestres do ano.

Snap

Evan Spiegel, chefe da Snap, empresa controladora do popular aplicativo de mensagens Snapchat, anunciou em agosto de 2022 uma reestruturação que levou à eliminação de cerca de 20% da força de trabalho, ou mais de 1.200 funcionários.

O Snapchat, que tem cada vez mais usuários, ainda enfrenta dificuldades porque gera receitas cada vez mais baixas. O grupo nunca gerou lucro líquido anual.

(RFI e Agências)

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