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China utiliza 71 aviões militares ao redor de Taiwan, ultrapassando zona de defesa

A China utilizou 71 aviões de combate no fim de semana, durante exercícios militares ao redor de Taiwan, informou nesta segunda-feira (26) o ministério da Defesa taiwanês.

A China utilizou 71 caças durante manobras militares neste fim de semana em torno de Taiwan, disse o Ministério da Defesa de Taipei na segunda-feira (26 de dezembro).
A China utilizou 71 caças durante manobras militares neste fim de semana em torno de Taiwan, disse o Ministério da Defesa de Taipei na segunda-feira (26 de dezembro). REUTERS - DADO RUVIC
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Em uma atualização diária publicada pelo ministério, Taiwan afirma que 47 voos ultrapassaram a zona de defesa de identificação aérea (ADIZ) da ilha, o terceiro maior número desde o início dos registros, segundo uma base de dados da agência AFP.

A nota afirma que seis aviões SU-30, um dos modelos mais avançados da China, participaram dos exercícios.

O Exército Popular de Libertação (EPL) da China afirmou no domingo que efetuou um "exercício de ataque " em resposta a "provocações" - sem explicar quais - e ao "conluio" entre Estados Unidos e Taiwan.

Taiwan vive sob a ameaça de uma invasão da China, que considera a ilha de governo autônomo parte de seu território e já prometeu retomá-la.

Pressão intensificada

Pequim intensificou a pressão militar, diplomática e econômica sobre Taiwan no governo do presidente Xi Jinping.

Os voos que entram na ADIZ de Taiwan representam uma das táticas de pressão mais utilizadas pela China.

Em 2022 foram registradas 1.700 incursões na ADIZ taiwanesa com aeronaves militares chinesas, contra 969 em 2021 e 146 em 2020.

Pequim não divulgou o número de aviões que participaram nas manobras de domingo nem sua localização.

A contagem taiwanesa indica que a maioria dos aviões cruzou a "linha média" do Estreito de Taiwan que separa os dois territórios.

A ADIZ de Taiwan, que é maior que seu espaço aéreo, se sobrepõe em algumas partes com a da China.

O Exército Popular de Libertação afirmou que os exercícios de domingo foram "uma resposta firme ao conluio crescente e às provocações das autoridades dos Estados Unidos e de Taiwan".

Pequim não aceita a política do presidente Joe Biden para Taiwan, em particular depois que ele afirmou que Washington defenderia a ilha em caso de ataque da China.

A perspectiva de uma invasão chinesa deixa muitos países ocidentais e os vizinhos da China em estado de tensão.

Nesta foto divulgada pela agência de notícias Xinhua, em 7 de agosto de 2022, aviões de combate do Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação do Povo Chinês realizam treinamento de combate conjunto ao redor da ilha de Taiwan.
Nesta foto divulgada pela agência de notícias Xinhua, em 7 de agosto de 2022, aviões de combate do Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação do Povo Chinês realizam treinamento de combate conjunto ao redor da ilha de Taiwan. AP - Gong Yulong

"Reunificação"

Xi, o governante mais autoritário da China em décadas, insiste que a "reunificação" de Taiwan não pode ficar para as gerações futuras.

A invasão russa da Ucrânia aumentou os temores de que a China tente algo parecido com Taiwan.

O governo dos Estados Unidos aumentou o apoio a Taiwan e o Congresso americano aprovou recentemente um pacote de 10 bilhões de dólares em ajuda militar a Taipei, o que provocou críticas da China.

As tensões atingiram um ponto máximo em agosto, quando a presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou a ilha, o que levou o EPL a organizar um grande exercício militar ao redor da ilha.

Como parte de suas ações contra Taiwan, a China intensificou o uso de seus bombardeiros H-6 com capacidade nuclear nas incursões à zona de defesa de identificação aérea.

Em uma operação no início do mês, a China enviou 18 aeronaves H-6 ao sudoeste da ADIZ, na maior incursão em apenas um dia registrada até o momento.

(Com informações da AFP)

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