Acessar o conteúdo principal

Foco de Covid-19 na China interrompe produção na maior fábrica de iPhones do mundo

Milhões de pessoas na China foram colocadas sob fortes restrições nesta quarta-feira (26), quando focos intermitentes de Covid-19 levaram ao fechamento de comércios e interrupções na maior fábrica de iPhones do mundo.

As medidas anticovid foram reforçadas em Pequim durante o 20° Congresso do PCC (20/10/22).
As medidas anticovid foram reforçadas em Pequim durante o 20° Congresso do PCC (20/10/22). REUTERS - THOMAS PETER
Publicidade

A China é a única grande economia do mundo que ainda mantém uma estratégia de zero Covid, instaurando lockdowns repentinos, testes em massa e longas quarentenas para erradicar a circulação do vírus em seu território.

O país, onde começam a surgir sinais de desacordo com essa política, registrou nesta quarta-feira 1.241 novos casos positivos, a maioria assintomáticos, segundo a Comissão Nacional de Saúde.

Entre esses casos está um surto em uma fábrica na cidade de Zhengzhou (centro), que emprega cerca de 300.000 pessoas e é conhecida por ser a maior produtora de iPhones do mundo.

A FoxConn Technology Group, que administra a fábrica, reconheceu o surto nesta quarta-feira, mas disse que "a parte operacional e a produção estão relativamente estáveis".

"As medidas de saúde e segurança para os funcionários estão sendo mantidas", afirmou a empresa produtora de artigos eletrônicos, de Taiwan.

A empresa não especificou o número de funcionários afetados, mas disse que era "pequeno" e negou rumores na Internet que falam de milhares de infecções.

Os casos também geraram consequências em Pequim, onde o parque temático Universal Resort anunciou que havia "fechado temporariamente (...) para aplicar os requisitos de controle da epidemia".

Restrições continuam

As autoridades chinesas não estão abertas a flexibilizar as medidas anticovid, apesar da diminuição das infecções diárias.

O banco de investimento japonês Nomura estimou esta semana que mais de 200 milhões de pessoas estavam sob algum tipo de restrição reforçada na China.

Na cidade de Xining (noroeste), com 2,5 milhões de habitantes, moradores reclamaram nas redes sociais sobre as ordens de lockdown.

“Xining está como Xangai em abril", disse um usuário do aplicativo de mensagens Weibo, referindo-se ao longo e rigoroso lockdown da megalópole, que provocou protestos isolados.

Agora a situação melhorou nessa cidade, motor econômico do país, onde as autoridades começaram a distribuir uma vacina anticovid inalável nesta quarta-feira.

A vacina, produzida pela fabricante CanSino Biologics de Tianjin (nordeste), foi aprovada pelos reguladores locais em setembro e está sendo administrada como reforço aos já vacinados.

(Com AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.