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Ucrânia: Rússia afirma que conquista de Lugansk está próxima

O ministro russo da Defesa, Serguei Choïgou, disse nesta sexta-feira (20) que a conquista da região ucraniana de Lugansk, no leste do país, era iminente. Segundo ele, cerca de 1.908 militares ucranianos escondidos na siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, se renderam.

MIlitar ucraniano é fotografado em um abrigo em Lougansk.
MIlitar ucraniano é fotografado em um abrigo em Lougansk. AFP - ANATOLII STEPANOV
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"As forças russas e a milícia popular das repúblicas populares de Lugansk e Donetsk continuam mantendo o controle no território do Donbass. A libertação da República Popular de Lugansk quase acabou", declarou o ministro, citado pelas agências russas. 

Antes do início da ofensiva na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro, Moscou reconheceu a independência das regiões separatistas de  Donestsk e Lugansk, controladas parcialmente desde 2014 pelos pró-russos. Em Lugansk, os russos cercaram Severodonetsk et Lyssytchansk, duas localidades separadas por um rio e que são o último reduto da resistência ucraniana.

O ministro também afirmou que 1.908 soldados ucranianos, que permaneceram entrincheirados por semanas na siderúrgica Azovstal de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, se renderam desde segunda-feira. Os militares viraram um símbolo da resistência à ofensiva russa.

A Ucrânia deseja organizar uma troca de prisioneiros de guerra, mas a Rússia já afirmou diversas vezes que considera os combatentes – ou ao menos parte deles – neonazistas e não soldados.

O secretário da Otan, Jens Stoltenberg, chega em Copenhague com o ministro das Relações Exteriores, Jeppe Kofod, e Mette Frederiksen, primeira-ministra dinamarquesa
O secretário da Otan, Jens Stoltenberg, chega em Copenhague com o ministro das Relações Exteriores, Jeppe Kofod, e Mette Frederiksen, primeira-ministra dinamarquesa AP - Martin Sylvest

Rússia anuncia criação de novas bases militares

Na mesma reunião, o ministro da Defesa afirmou que a Rússia criará novas bases militares no oeste de seu território em resposta à expansão da Otan. "Até o fim do ano, serão estabelecidas 12 unidades e divisões militares no Distrito Militar Oeste", afirmou Serguei Shoigu.

O exército espera receber mais de 2.000 unidades de equipamento militar e armas, acrescentou. A campanha militar da Rússia na Ucrânia mudou a postura da Suécia e da Finlândia, que após décadas de não alinhamento decidiram solicitar a adesão à Otan.

O ministro da Defesa também citou o "aumento da ameaça militar" nas fronteiras russas e os exercícios da Otan para "defender a Europa" no oeste e no sudoeste da Rússia, e também no Ártico. 

O presidente russo, Vladimir Putin, já havia declarado que a reação russa à possível adesão dos dois países seria decidida em função de como a Otan se estabeleceria nesses países. A Rússia justificou a invasão na Ucrânia como uma maneira de impedir um genocídio de populações pró-russos e para limitar a expansão da aliança militar ocidental.

(Com informações da AFP)

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