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Rússia processa Facebook e chama Meta de “organização extremista” após convocação para “assassinar russos” nas redes

A Rússia anunciou nesta sexta-feira (11) estar tomando medidas legais contra a empresa Meta (que congrega o Facebook e o Instagram) por "pedir assassinatos de russos", uma vez que a companhia flexibilizou suas regras sobre mensagens violentas dirigidas aos líderes militares russos.

Facebook planeja criar 10 mil empregos na Europa para desenvolver seu 'metaverso'
Facebook planeja criar 10 mil empregos na Europa para desenvolver seu 'metaverso' AP - Richard Drew
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O poderoso comitê de investigação da Rússia disse estar lançando investigações "por causa de convocações ilegais da companhia norte-americana Meta para assassinatos de cidadãos russos".

O comitê vai processar a empresa por "apelos públicos a atividades extremistas e assistência a atividades terroristas", referindo-se em particular a Andy Stone, chefe de comunicações da Meta, que anunciou na quinta-feira (10) que estava mudando as regras para publicações desse tipo no Facebook e no Instagram.

O Ministério Público russo pediu para classificar o gigante da Internet como uma organização "extremista" e, consequentemente, a proibição de todas as suas atividades na Rússia.

O MP pede também ao regulador russo de telecomunicações, Roskomnadzor, que bloqueie o acesso ao Instagram no país, enquanto o Facebook já se encontra inacessível, ou de difícil acesso, desde o dia 4 de março.

O Instagram é extremamente popular entre os jovens russos, mas é também um instrumento crucial de vendas online para muitas pequenas e médias empresas russas, assim como para artistas e artesãos.

Exceções por causa da guerra

"Continuamos não permitindo apelos de violência contra civis russos", disse Meta, a empresa-mãe das duas redes sociais. Mas, na verdade, a empresa norte-americana abriu exceções por causa da guerra.

A companhia mãe do Facebook e da Instagram anunciou na quinta-feira (10) que era "indulgente com as formas de expressão política que normalmente violariam [suas] regras sobre discursos violentos como 'morte aos invasores russos'". 

Na semana passada, a Rússia bloqueou o Facebook depois que o gigante das redes sociais proibiu os perfis da mídia pró-governamental (incluindo o canal RT e o Sputnik) na Europa.

A declaração vem depois que a Reuters publicou um artigo citando emails trocados por moderadores de conteúdo Meta e afirmando que as regras atualizadas se aplicam à Armênia, Azerbaijão, Estônia, Geórgia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia, Rússia, Eslováquia e Ucrânia.

Não é a primeira vez que o grupo de Mark Zuckerberg tolera este tipo de publicação, mesmo que os exemplos sejam raros: em junho de 2021, a rede permitiu mensagens de opositores iranianos pedindo a morte do aiatolá Ali Khamenei por quinze dias.

(Com AFP e France Info)

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