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Ucrânia: Rússia diz que ataque visando hospital infantil em Mariupol foi “encenação”

O Exército russo declarou nesta quinta-feira (10) que o ataque realizado na véspera contra uma maternidade e um hospital pediátrico em Mariupol, na Ucrânia, foi uma “encenação”. O episódio foi condenado com firmeza pela comunidade internacional.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse que seu país "não atacou a Ucrânia".
O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse que seu país "não atacou a Ucrânia". AP
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“A aviação russa não realizou nenhuma missão de destruição de alvos na região de Mariupol”, declarou o porta-voz do ministério russo da Defesa, Igor Konachenkov. “O suposto ataque aéreo é uma encenação total em forma de provocação para manter uma agitação do público ocidental contra a Rússia”, completou, afirmando que os responsáveis pelo episódio seriam "nacionalistas" ucranianos.

O porta-voz repetiu a versão do governo russo de que o hospital havia sido evacuado pelos ucranianos e servia de base para combatentes “em razão de sua localização favorável por seu ponto de vista estratégico”.

Um pouco mais cedo, o chefe da diplomacia russa, Seguei Lavrov, também defendeu essa versão, alegando que o estabelecimento era uma base para “radicais” e que “todas as mulheres grávidas e as enfermeiras, assim como o pessoal de apoio já haviam sido retirados”. O ministro, que participou de uma reunião pela manhã com o chanceler ucraniano na Turquia, insistiu que seu país “não atacou a Ucrânia” e que vem apenas respondendo às "ameaças diretas contra [sua] segurança”.

A explosão no hospital chocou a opinião pública. A Casa Branca denunciou o uso "bárbaro" da força contra civis, enquanto o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, chamou o ataque de "imoral". O presidente francês, Emmanuel Macron, falou de um “ato de guerra sem dignidade”, com o “objetivo claro” de “matar civis, principalmente mulheres e crianças”.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que condenou um "crime de guerra", compartilhou vídeos mostrando a destruição do prédio, onde funcionava a maternidade e o hospital pediátrico de Mariupol, um porto estratégico no Mar de Azov (sudeste).

(Com informações da AFP)

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