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Grande asteroide se aproxima da Terra, mas não há risco de colisão

O maior asteroide a se aproximar da Terra em 2021 passará "muito perto" do planeta neste domingo (21). No entanto, a cerca de dois milhões de quilômetros de distância, não há risco de colisão. O evento permitirá que os astrônomos estudem o objeto celestial.

Imagem de ilustração do asteroide 2004BL86, de aproximadamente 500 metros de diâmetro, que passou próximo da terra em 23 de janeiro de 2015.
Imagem de ilustração do asteroide 2004BL86, de aproximadamente 500 metros de diâmetro, que passou próximo da terra em 23 de janeiro de 2015. Divulgação/Agencia Espacial Brasileira
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Chamado de "2001 FO32" e medindo menos de um quilômetro de diâmetro, ele gira a 124.000 km/h, "mais rápido que a maioria dos asteroides", indicou a Agência Espacial Americana (Nasa).

O corpo rochoso deve passar pelo ponto mais próximo da Terra neste domingo às 16h02 GMT (13h02, horário de Brasília). Neste momento, de acordo com as previsões, ele estará a 2.016.158 quilômetros do planeta: uma distância equivalente a cerca de cinco vezes a distância entre a Terra e a Lua.

"Não há risco de colisão com o nosso planeta", assegurou a Nasa. Sua trajetória é, de fato, "suficientemente conhecida e regular", o que permite descartar qualquer perigo, garantem os especialistas do Observatório Paris-PSL.

O grande corpo rochoso é, no entanto, classificado como "potencialmente perigoso", como todos os asteroides cuja órbita é inferior a 19,5 vezes a distância Terra-Lua e cujo diâmetro é superior a 140 metros.

Esta categoria é "incansavelmente estudada por astrônomos de todo o mundo para fazer o inventário mais detalhado possível", ressalta o Observatório Paris-PSL. A instituição lembra que o primeiro e maior asteroide, Ceres, foi descoberto em 1801.

Observação constante

O asteroide "2001 FO32" foi observado pela primeira vez em 2001 e tem sido objeto de uma observação constante desde então. Ele pertence à família "Apollo" de asteroides próximos da Terra, que circundam o Sol em pelo menos um ano e podem cruzar a órbita terrestre.

"Atualmente, pouco se sabe sobre este objeto, então essa passagem próxima nos dá uma oportunidade incrível de aprender muito", disse Lance Benner, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, do qual depende o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (Cneos). 

Segundo o Cneos, "astrônomos amadores no hemisfério sul e em baixas latitudes no norte devem ser capazes de ver o asteroide". "Teremos que esperar até escurecer e nos armar com um bom telescópio de pelo menos 20 centímetros de diâmetro", afirmou Florent Delefie, do Observatório de Paris. Segundo ele, o corpo rochoso poderá ser percebido como "um ponto branco se movendo como um satélite".

O especialista lembra que a trajetória do "2001 FO32" nada tem a ver com a das "estrelas cadentes", que são asteroides pequenos formadores de uma linha luminosa em uma fração de segundo.

Os astrônomos também garantem que nenhum dos grandes asteroides descobertos até hoje podem colidir com a Terra pelo menos até o próximo século.

(Com informações da AFP

 

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