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Pela primeira vez, Unicef participa de campanha para alimentar crianças pobres em Londres

Pela primeira vez em 70 anos, a Unicef (agência da ONU dedicada à infância) deu início a uma campanha de distribuição de alimentos para crianças de famílias empobrecidas pela pandemia de Covid-19 no Reino Unido. O anúncio escandalizou políticos britânicos, que consideram absurdo a Organização das Nações Unidas ter de dar assistência humanitária em um dos países mais ricos do mundo.

 A Unicef vai doar 27 mil euros para instituições que vão garantir a alimentação de crianças do sul de Londres durante as férias escolares.
A Unicef vai doar 27 mil euros para instituições que vão garantir a alimentação de crianças do sul de Londres durante as férias escolares. Kena Betancur / AFP
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Muriel Delcroix, correspondente da RFI em Londres.

Criada após a Segunda Guerra Mundial, a Unicef ​​sempre atuou em países assolados por conflitos, fome ou desastres naturais. Mas desta vez é em Londres, capital de um dos países mais ricos do mundo, que a agência da ONU vai fornecer ajuda humanitária.

A Unicef ​​prometeu cerca de 27.000 euros a várias instituições britânicas de caridade para dar assistência alimentar a crianças do distrito de Southwark, no sul de Londres.

Ao total, 18 mil cafés da manhã serão distribuídos pelas escolas durante as férias de final de ano e também durante as férias de fevereiro. As refeições devem atender cerca de 1.800 famílias pobres em situação de insegurança alimentar.

Johnson criticado por inércia

Em um comunicado, a Unicef afirmou que interveio porque a pandemia é "a crise mais urgente que afeta as crianças em 70 anos". No entanto, a agência ressaltou que é “necessária uma solução de longo prazo para combater as raízes da pobreza alimentar" .

O Partido Trabalhista, na oposição, criticou a inércia de Boris Johnson. "Somos um dos países mais ricos do mundo", indignou-se Angela Rayner, a número dois do Partido Trabalhista, que taxou de "vergonhosa" a situação.

O governo de Boris Johnson já havia sido criticado por se recusar a fornecer refeições gratuitas para as crianças mais pobres durante as férias escolares do meio do ano. Naquele momento, Johnson cedeu à pressão de uma campanha liderada pelo astro do futebol Marcus Rashford.

 

 

 

 

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