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Furacão Iota perde força após deixar dezenas de mortos na América Central

O Iota se transformou em tempestade tropical nesta sexta-feira (22), depois de ter provocado inundações e diversos estragos na América Central. A região já havia sido duramente atingida pelo Eta há duas semanas, que matou pelo menos 200 pessoas e afetou 2,5 milhões.

Os países da América Central faziam nesta quinta-feira (19) um balanço da devastação causada pela passagem do furacão Iota, o segundo a atingir a região em novembro e que deixou 44 mortos em deslizamentos e inundações.
Os países da América Central faziam nesta quinta-feira (19) um balanço da devastação causada pela passagem do furacão Iota, o segundo a atingir a região em novembro e que deixou 44 mortos em deslizamentos e inundações. AFP - EFRAIN HERRERA
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Na quarta-feira (18), as autoridades da Nicarágua anunciaram um novo balanço provisório de 18 mortos, entre elas sete crianças. Dezenas de milhares de pessoas ficaram isoladas por conta das inundações e deslizamentos, sem eletricidade ou água potável.

Em Honduras, 14 pessoas morreram depois da descoberta dos cadáveres de oito pessoas que morreram em um deslizamento. A passagem do Iota também deixou dois mortos na Guatemala, dois em um arquipélago colombiano no Caribe, um morto no Panamá e outro em Salvador. 

O Iota é o segundo furacão a atingir a região em novembro, provocando deslizamentos e inundações.

Cerca de 4,6 milhões de pessoas foram afetadas na América Central, incluindo 1,8 milhão de crianças, de acordo com estimativas iniciais do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Bilwi, na Nicarágua, continuava isolada, sem água ou eletricidade, e a comida começava a ficar escassa, segundo uma equipe da AFP na área.

As unidades de resgate retomaram na quinta-feira (19) a busca pelos corpos soterrados na terça-feira após um deslizamento de terra no maciço de Peñas de Blanca, no departamento nicaraguense de Matagalpa, onde nove mortes foram contabilizadas até o momento, entre elas as de seis crianças.

De acordo com o governo, Iota deixou danos "catastróficos" à infraestrutura do país, um dos mais pobres da região. Cerca de 250 brigadas municipais foram enviadas nesta quinta-feira para coletar entulhos e árvores caídas em toda a Nicarágua, com a ajuda de mais de 450 equipamentos e máquinas, como caminhões, retroescavadeiras e caçambas.

Ajuda internacional

Os governos centro-americanos pediram nesta semana ajuda internacional para lidar com a destruição dos furacões e, em resposta, a União Europeia anunciou que destinará US$ 10,7 milhões para a Nicarágua a partir de um fundo com vários doadores.

A agência americana de cooperação internacional, por sua vez, anunciou um apoio de  US$ 17 milhões para a região. O Unicef também fez um apelo urgente para arrecadar US$ 42,6 milhões a fim de atender as necessidades humanitárias da América Central.

A Cruz Vermelha anunciou que começará a enviar para Honduras um hospital de campanha, estações de tratamento de água e insumos de higiene para atender a 50 mil pessoas.

As mudanças climáticas provocam o aumento da temperatura nas camadas superficiais dos oceanos, o que gera furacões mais poderosos e tempestades com maior quantidade de água. Isso representa uma ameaça mais perigosa para as comunidades costeiras, segundo estudos do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

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