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Hong Kong/protestos

Contra protestos, Hong Kong quer limitar o acesso à Internet

O governo de Hong Kong planeja limitar o acesso à Internet três dias depois de o uso de máscaras ter sido proibido nas manifestações, A medida, entretanto, revoltou os opositores, que convocaram ainda mais protestos.

Manifestantes anti-governo se reúnem no centro de Hong Kong, China 4 de outubro de 2019.
Manifestantes anti-governo se reúnem no centro de Hong Kong, China 4 de outubro de 2019. REUTERS/Jorge Silva
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"Enquanto houver meios de reprimir os distúrbios, o governo não poderá descartar a possibilidade de proibir a Internet", disse Ip Kwok-ele, membro do conselho executivo e deputado pró-Pequim. A Internet é uma ferramenta indispensável para o movimento pró-democracia, que usa fóruns online e mensagens criptografadas para organizar suas ações de protesto.

No entanto, Ip, que é membro do órgão consultivo da chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, enfatizou que restringir o acesso à Internet pode ter consequências terríveis para o território. "Acho que uma das condições para a implementação da proibição da Internet seria que isso não afete as empresas de Hong Kong", acrescentou.

O anúncio acontece após três dias seguidos de "flashmobs" (ações relâmpago) e protestos não autorizados. Alguns manifestantes radicais vandalizaram escritórios do governo, filiais de vários bancos e estações de metrô da China. Grande parte da rede metroviária foi suspensa por três dias.

Mobilização cresceu

Empresas com vínculos com a China também foram atacadas, como agências de bancos chineses. A mobilização se tornou especialmente violenta depois que, na sexta-feira (4), Carrie Lam decidiu recorrer a uma lei de emergência para proibir o uso de máscaras nos protestos. A medida agitou os ânimos, e milhares de pessoas desafiaram a proibição, manifestando-se com o rosto coberto.

Desde 1º de outubro, a mobilização se intensificou. Os piores confrontos até agora ocorreram nesta data, quando a República Popular da China comemorou o 70º aniversário de sua fundação. Naquele dia, pela primeira vez, um policial disparou uma bala de verdade contra um estudante de 18 anos, que ficou gravemente ferido.

Durante o fim de semana, os manifestantes se concentraram nos bairros do centro da ilha de Hong Konge, do outro lado da baía, na península de Kowloon, apesar das fortes chuvas.

(Com informações da AFP)

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