Coreia do Norte lança mísseis de curto alcance no Mar do Japão
A Coreia do Norte realizou nesta quinta-feira (25) dois disparos de mísseis de curto alcance que caíram no Mar do Japão, segundo fontes de Estados Unidos e Coreia do Sul, em mais um capítulo da tensão regional.
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Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas da Coreia do Sul, os projéteis disparados por Pyongyang foram, definitivamente, mísseis de curto alcance.
Um dos dispositivos lançados voou mais de 430 quilômetros, enquanto o outro percorreu 690 quilômetros. Este último foi "um novo tipo" de míssil que o Estado-Maior sul-coreano jamais havia visto, segundo uma autoridade de Seul, que citou uma análise dos serviços de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.
Pouco antes, um oficial do Estado-Maior sul-coreano destacou que "não está claro se o líder norte-coreano Kim Jong Un supervisionou pessoalmente os lançamentos".
A mesma fonte acrescentou que analistas sul-coreanos e americanos já começaram a estudar os dados sobre o lançamento.
O Estado-Maior das Forças Armadas sul-coreanas, citado pela agência de notícias Yonhap, informou que o regime norte-coreano "disparou um projétil não identificado às 5H34 AM e outro às 5H57 (da madrugada de quinta-feira) das áreas de Wonsan para o Mar do Leste e ambos voaram cerca de 430 quilômetros (267 milhas)".
"Nosso exército está monitorando a situação em caso de lançamentos adicionais e permanece em alerta", informou a Yonhap, citando o Estado-Maior.
Tensões militares
O porta-voz do ministro sul-coreano de Defesa, Choi Hyun-soo, formulou um apelo à Coreia do Norte para que "interrompa as ações que não ajudam a dissipar as tensões militares".
Segundo o ministro japonês da Defesa, Takeshi Iwaya, os disparos efetuados pela Coreia do Norte que caíram no Mar do Japão, são "extremamente lamentáveis".
"Tratam-se de mísseis balísticos, isso viola resoluções da ONU. Estes casos recentes de lançamento de projéteis são extremamente lamentáveis", disse o ministro à imprensa, referindo-se aos projéteis como de médio alcance.
Os disparos desta quinta ocorrem em um contexto marcadamente tenso entre Pyongyang e Seul devido à iminente realização de manobras militares conjuntas entre Coreia do Sul e Estados Unidos.
No dia 17 de julho, a Coreia do Norte advertiu a Coreia do Sul e os Estados Unidos de que a realização destes exercícios teria repercussões na disposição de Pyongyang de manter canais de diálogo com Washington por seu programa de armas.
Assim, o governo norte-coreano admitiu a possibilidade de anular a moratória que adotou sobre testes balísticos e nucleares.
Estados Unidos e Coreia do Sul realizam manobras militares conjuntas todos os anos, mas os exercícios previstos para as próximas semanas foram reduzidos drasticamente para não aumentar a tensão regional.
No dia 9 de maio, Pyongyang disparou um míssil de curto alcance que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou "uma coisa muito normal" e que não afetaria as relações com o líder norte-coreano Kim Jong Un.
Ambos concordaram em retomar o diálogo em uma reunião inesperada em 30 de junho na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias.
(AFP)
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