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Israel/EUA

Trump reconhece soberania de Israel sobre as colinas de Golã e irrita Síria

O presidente norte-americano, Donald Trump, reconheceu oficialmente, nesta segunda-feira (25), a soberania de Israel sobre as colinas de Golã, uma área fronteiriça tomada da Síria em 1967. O anúncio, feito durante a visita do premiê israelense Benjamin Netanyahu à Casa Branca, irritou Damasco, que considerou a postura de Washington uma afronta.

Donald Trump mostra a assinatura da declaração na qual reconhece a soberania de Israel sobre as colinas de Golã
Donald Trump mostra a assinatura da declaração na qual reconhece a soberania de Israel sobre as colinas de Golã REUTERS/Carlos Barria
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A decisão de Trump rompe décadas de consenso internacional. Israel conquistou grande parte das colinas de Golã, 1.200 km2, durante a Guerra dos Seis Dias em 1967 e a anexou em 1981. Mas a comunidade internacional nunca reconheceu a anexação.

"Isso deveria ter sido feito há décadas", declarou o presidente norte-americano. O premiê Benjamin Netanyahu, que estava ao lado de Trump na hora do anúncio na Casa Branca, disse que trata-se de “um reconhecimento histórico”. Segundo o líder israelense, "a proclamação vem no momento em que Golã é mais importante do que nunca para nossa segurança".

A declaração de Trump é interpretada como mais uma demonstração de apoio ao premiê israelense, que tenta se reeleger nesse momento. O reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado hebreu em 2017 e a transferência da embaixada norte-americana para a Cidade Santa, em 2018, foram vistas como vitórias diplomáticas de Netanyahu.

Mas a posição do chefe da Casa Branca suscitou reações imediatas da Síria, que nunca aceitou a anexação das colinas por Israel e não apreciou a decisão norte-americana. Segundo o ministério sírio da Relações Exteriores, a postura de Trump “constitui um violento ataque contra a soberania e a integridade territorial da Síria”.

A Rússia, aliada tradicional de Damasco, também reagiu. “Infelizmente, isso pode levar a uma nova onda de tensões na região do Oriente Médio”, declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.

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