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Sanções

EUA e China aliam esforços para pressionar a Coreia do Norte

Washington e Pequim acentuaram neste domingo (6), em Manila, a pressão sobre a Coreia do Norte para que renuncie a suas ambições nucleares. O endurecimento significativo das sanções da ONU, aprovadas neste sábado (5), podem custar um bilhão de dólares por ano a Pyongyang.

Apesar das sanções anteriores, Kim Jong-Un continuava realizando testes com mísseis balísticos.
Apesar das sanções anteriores, Kim Jong-Un continuava realizando testes com mísseis balísticos. KCNA/ via REUTERS
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Após a adoção pelo Conselho de Segurança da ONU de um texto que visa reduzir em um terço as receitas das exportações da Coreia do Norte, os ministros das Relações Exteriores das grandes potências envolvidas na crise encontraram-se em Manila para um fórum regional da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, afirmou se sentir encorajado pelo voto. Mas algumas autoridades americanas advertem que Washington irá observar de perto a China, principal aliado e parceiro comercial de Pyongyang, para assegurar que as sanções sejam respeitadas.

“Um mar de fogo”

O chanceler chinês, Wang Yi, reuniu-se na capital filipina com o seu homólogo norte-coreano, Ri Hong-Yo, exortando o governo de Pyongyang a cessar seus testes nucleares e lançamentos experimentais de mísseis balísticos.

A nova resolução vai "ajudar a Coreia do Norte a tomar uma decisão boa e sábia", confidenciou o ministro chinês à imprensa.

Até o momento, Ri Hong-Yo evitou os jornalistas. Mas, em editorial, publicado antes da votação da ONU, o jornal do partido único governante da Coreia do Norte advertiu qualquer possível agressão dos Estados Unidos.

"O dia em que os Estados Unidos ousarem incomodar o nosso país com uma ameaça nuclear e sanções, o continente americano será lançado em um mar de fogo inimaginável", assegurou o jornal.

Agora só depende da China

Rex Tillerson já se reuniu neste domingo com o russo Serguei Lavrov e deve encontrar Wang Yi no final da tarde. O objetivo é reforçar ainda mais o isolamento diplomático da Coreia do Norte, reduzindo os riscos de um conflito.

"Foi um bom resultado", considerou Tillerson sobre a votação das sanções da ONU, antes da reunião com o seu homólogo sul-coreano Kang Kyung-Wha.

Uma funcionária do departamento de Estado americano, Susan Thornton, ressaltou que Washington estará "atento" às sanções, recordando que nas resoluções anteriores a China acabou por "aliviar a pressão".

Carvão, minérios e crustáceos

Se a resolução do Conselho de Segurança da ONU for respeitada, a Coreia do Norte será privada de um bilhão de dólares anualmente.

As novas sanções visam prevenir as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, minério de ferro, chumbo, minério de chumbo, peixes e mariscos. No total, as exportações norte-coreanas não rendem ao país mais do que três bilhões de dólares anuais.

Desde a chegada ao poder de Kim Jong-Un, no final de 2011, a Coreia do Norte avança a passos largos para atingir o seu objetivo de ser capaz de realizar um ataque nuclear no continente americano.

 

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