Trump pressiona China após novo teste de míssil na Coreia do Norte
A Coreia do Norte realizou mais um teste de míssil balístico neste sábado (29), no momento em que Washington acentua sua pressão para enfrentar a "ameaça nuclear" norte-coreana.
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O teste, porém, teria fracassado, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O míssil teria alcançado 71 km antes de explodir.
O presidente americano, Donald Trump, qualificou no Twitter de "falta de respeito aos desejos da China e de seu altamente respeitado presidente o lançamento, sem sucesso, de um míssil hoje".
EUA pressionam ONU
O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, propôs uma campanha de pressão sem precedentes para forçar a Coreia do Norte a cancelar seu programa nuclear e balístico.
"Não agir agora diante do problema de segurança mais imediato do mundo pode ter consequências catastróficas", disse o chefe da diplomacia americana, durante uma reunião ministerial dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU.
"A ameaça de um ataque nuclear contra Seul e Tóquio é real e, provavelmente, trata-se de uma questão de tempo até que a Coreia do Norte desenvolva a capacidade para atacar o território americano", declarou o secretário de Estado.
Tillerson destacou no Conselho que "não há razão" para pensar que Pyongyang mudará seu rumo diante das atuais sanções multilaterais: "Chegou o momento de todos exercerem pressão sobre a Coreia do Norte para que abandone este perigoso caminho. Todas as opções devem permanecer sobre a mesa".
O secretário de Estado reiterou seu pedido a China, maior parceiro comercial da Coreia do Norte, para que exerça "sua influência econômica" a fim de obrigar Pyongyang a abandonar seus programas armamentistas.
Os chineses, no entanto, desconversam
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, defendeu na ONU o diálogo com a Coreia do Norte como "a única opção correta" para tentar resolver a crise com Pyongyang.
O chanceler chinês advertiu contra ações militares em resposta à ameaça norte-coreana. "O uso da força não resolve as diferenças e só levará a maiores desastres", apontou.
No mesmo sentido, o vice-chanceler russo, Gennady Gatilov, advertiu que "a retórica juntamente com uma imprudente demonstração de força levam a uma situação em que o mundo já se pergunta se haverá ou não uma guerra".
"Uma medida mal interpretada pode levar a consequências das mais assustadoras e lamentáveis", alertou o ministro russo.
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