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Israel/Palestina

Israel adota lei polêmica sobre colônias na Cisjordânia

O Parlamento israelense aprovou, nesta segunda-feira (6), uma polêmica lei que autoriza dezenas de colônias judaicas construídas em territórios privados na Cisjordânia ocupada. A Organização para Libertação da Palestina (OLP) reagiu, declarando que o texto "legaliza o roubo" de terras palestinas.

O texto legalizando as colônias na Cisjordânia foi aprovado por 60 votos contra 52 pelo Parlamento de Israel
O texto legalizando as colônias na Cisjordânia foi aprovado por 60 votos contra 52 pelo Parlamento de Israel REUTERS/Ammar Awad
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Aprovada por 60 votos contra 52, a lei passou na terceira e última leitura, depois de o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ter dito que informou o governo americano sobre o tema.

Em nota, a OLP afirma que a lei atesta "a vontade do governo israelense de destruir qualquer chance de solução política". A organização palestina acrescentou que "a empreitada de colonização de Israel é um entrave para a paz e para a possibilidade de uma solução de dois Estados".

A lei foi votada no mesmo dia em que Israel começou a desmantelar Amona, a colônia na Cisjordânia que esteve no centro de uma batalha política e legal por vários anos. Na quarta (1º) e na quinta-feira (2) da semana passada, centenas de policiais israelenses retiraram os últimos moradores – de um total de entre 200 e 300. Eles haviam decidido permanecer na área, apesar das ordens para deixarem o local. A maioria dos colonos se retirou de forma pacífica.

Em 2014, a Suprema Corte israelense ordenou a evacuação de Amona, tida como ilegal por estar construída em terras privadas palestinas. Já a ONU considera todas as colônias ilegais, e as vê como um obstáculo para a paz entre israelenses e palestinos.

Colonização se intensificou desde que Trump assumiu

A situação de Amona serviu de inspiração para o projeto de lei que permitirá a Israel se apropriar de centenas de hectares de terras palestinas e legalizar – de acordo com o Direito israelense – dezenas de colônias ditas "selvagens". O objetivo é evitar o mesmo destino que Amona.

O caso de Amona cristalizou a problemática questão da colonização no momento crucial da chegada de Donald Trump à Casa Branca. O presidente republicano é considerado mais favorável às posições israelenses do que seu antecessor Barack Obama.

Desde que Trump assumiu o poder, em 20 de janeiro, Israel fez cinco novos anúncios de colonização.

(Com informações da AFP)
 

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