ONU prorroga investigação sobre uso de armas químicas na Síria
O Conselho de Segurança da ONU estendeu por 18 dias o mandato de uma equipe de investigação encarregada de determinar a responsabilidade dos ataques com armas químicas na Síria. O prazo para as verificações expirava nesta segunda-feira (31).
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Em uma resolução adotada por unanimidade, o Conselho renovou o mandato da comissão investigadora e "considera voltar a estendê-la antes que expire". "Consideramos esta renovação como um passo necessário, mas apenas um primeiro passo", disso o embaixador francês na ONU, François Delattre.
Esta breve prorrogação deve permitir aos 15 países-membros do Conselho entrar em acordo sobre um novo mandato, de um ano, como pretendem Washington, Londres e Paris, mas rejeitado até agora por Moscou. Junto com Estados Unidos e Grã-Bretanha, França esperam conseguir impor sanções diretas aos responsáveis pelos ataques com armas químicas.
No entanto, o embaixador russo na ONU, Vitali Churkin disse que a comissão "não pode se limitar à Síria e deve apontar as ameaças químicas por parte de atores não estatais". Já o representante britânico Matthew Rycroft considerou que estender a comissão ao Iraque ou à Turquia "a distrairá de seu objetivo central, que é a Síria" que é quem "utiliza armas químicas contra sua própria população".
Depois de mais de um ano de trabalho, os investigadores acusaram o regime de Bashar al-Assad de ter realizado pelo menos três ataques com armas químicas contra as cidades do norte da Síria em 2014 e 2015. A equipe também acusou o grupo Estado Islâmico de ter utilizado gás mostarda no norte da Síria em agosto de 2015, quando a investigação foi iniciada.
(Com informações da AFP)
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