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Ex-presidente da Costa do Marfim é julgado por crimes contra a humanidade

Começou na manhã desta quinta-feira (29) em Haia, na Holanda o primeiro julgamento de um ex-chefe de Estado africano no Tribunal Penal Internacional. O ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo, de 70 anos, é julgado por crimes contra a humanidade cometidos durante uma onda de violência iniciada após a eleição presidencial de 2010.

Laurent Gbagbo e seu advogado Emmanuel Altit (à dir.) na abertura do julgamento na Corte de Haia.
Laurent Gbagbo e seu advogado Emmanuel Altit (à dir.) na abertura do julgamento na Corte de Haia. REUTERS/Peter Dejong/Pool
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O ex-presidente marfinense e um ex-ministro de seu governo, Charles Blé Goudé, apontado como chefe de milícia, são acusados de ter organizado um plano visando a manutenção de Gbagbo no poder, sem aceitar a derrota para o rival Alassane Ouattara.

Durante cinco meses, entre novembro de 2010 e abril de 2011, segundo a Procuradoria do TPI, centenas de civis foram vítimas de ataques, assassinatos, estupros e perseguições realizadas pelas forças do governo, com o apoio de milicianos e mercenários. A onda de violência deixou 3 mil mortos, segundo a ONU.

Preso desde 2011, Laurent Gbagbo declarou inocência na abertura do julgamento que deverá ser longo e durar vários anos. Já a procuradora do TPI Fatou Bensouda contestou Gbagbo, dizendo estar convencida de que as provas recolhidas durante o processo serão convincentes para estabelecer a culpa dos dois acusados.

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