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Reino Unido/Rússia

Para juiz britânico, Putin teria aprovado envenenamento do ex-espião russo Litvinenko

O presidente russo Vladimir Putin "provavelmente aprovou" a morte do opositor Alexandre Litvinenko, envenenado em Londres por dois agentes. Essa é uma das conclusões do inquérito sobre a morte do ex-espião da antiga KGB, divulgado nesta quinta-feira (21) por um juiz britânico.

Foto de arquivo do ex-funcionário do KGB Alexander Litvinenko que foi envenenado com polônio.
Foto de arquivo do ex-funcionário do KGB Alexander Litvinenko que foi envenenado com polônio. REUTERS/Vasily Djachkov/Files
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A operação do FSB, nova sigla da KGB, foi provavelmente aprovada pelo ex-chefe do órgão, Nikolaï Patrouchev, e também por Putin, afirma o juiz britânico Robert Owen.

Alexandre Litvinenko, 43 anos, morreu depois de ser envenenado com polônio, uma substância radioativa, em novembro de 2006. Ele faleceu três semanas depois de um encontro ocorrido no hotel Millennium, no centro de Londres, com dois ex-agentes russos: Andreï Lougovoï, deputado de um partido nacionalista, e o empresário Dmitri Kovtoun. Na ocasião, ele tomou uma xícara de chá.

"Tenho certeza que os dois colocaram Polônio 210 no bule, com a intenção de envenenar Litvinenko", disse o juiz. De acordo com ele, o opositor já havia recebido uma dose menor do veneno, em outubro. O juiz britânico afirma que as provas estabelecem "claramente" a responsabilidade do estado russo na morte de Litvinenko. O Kremlin sempre desmentiu qualquer envolvimento.

Relatório indica divergências pessoais

O relatório do juiz mostra que várias divergências pessoais opõem Alexandre Litvinenko, que fugiu da Rússia seis anos antes de morrer, e o presidente russo, que ele sempre criticou abertamente. Os dois agentes acusados de envenenar o opositor julgam as acusações “absurdas”. Litvinenko, que tinha 43 anos, morreu no hospital no fim de 2006, três semanas depois de ser envenenado.

Viúva pede sanções contra a Rússia

A viúva do opositor pediu nesta quinta-feira novas sanções contra a Rússia depois da publicação das conclusões do inquérito. "Peço a imposição de sanções econômicas, e de proibição de viagens, principalmente contra Patrouchev e Putin", declarou à imprensa Marina Litvinenko. "O primeiro-ministro britânico precisa agir", declarou.

 

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