Duplo atentado mata 32 pessoas e fere 90 em Homs
Um duplo atentado suicida deixou pelo menos 32 mortos e mais de 90 feridos em Homs, no centro da Síria, nesta segunda-feira (28). A informação foi divulgada pela Ong Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), baseada em Londres.
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A primeira explosão teria sido causada por um carro bomba e a segunda por um kamikaze. Os ataques aconteceram no bairro de Zahra, que é pró-regime. No início do mês, o grupo Estado Islâmico reivindicou um outro ataque que deixou 16 mortos e dezenas de feridos no local.
Um quarto da população de Homs pertence à minoria alauíta, a mesma do presidente sírio, Bashar al-Assad, que tem obtido vitórias contra o grupo jihadista, com o apoio da campanha aérea da Rússia e dos aliados ocidentais. Uma parte da localidade segue, no entanto, sob controle dos insurgentes, principalmente da Frente Al-Nosra, braço da Al-Qaeda e do grupo Estado Islâmico.
Acordos entre Damasco e rebeldes
Mais de 450 combatentes e civis, incluindo alguns feridos, começaram a ser evacuados hoje de três cidades sírias, depois de um acordo entre o regime de Damasco e os rebeldes. Mais de 120 combatentes devem deixar Zabadani, último reduto rebelde na fronteira sírio-libanesa, passando pelo Líbano e Turquia, para outras áreas controladas pela rebelião na Síria, anunciou Rami Abdel Rahmane, diretor do OSDH.
Ao mesmo tempo, 335 civis e combatentes das localidades de Foua e Kafraya, únicas aldeias xiitas na província de Idleb, no noroeste, ainda sob controle militar, vão seguir para áreas sob controle do regime, também cruzando os dois países vizinhos, de acordo com a mesma fonte.
Em setembro, os rebeldes e o regime concluíram um acordo de trégua de seis meses em Zabadani e nas duas cidades xiitas em questão. Negociado pelas Nações Unidas, a primeira fase do acordo prevê o estabelecimento de um cessar-fogo, seguido de um envio de ajuda humanitária e, finalmente, a evacuações de civis e combatentes feridos.
Um outro acordo sem precedentes, que previa a partida no sábado (26) de três bairros do sul do Damasco de cerca de quatro mil civis e jihadistas, pertencentes principalmente ao Estado Islâmico e a Frente Al-Nosra, foi suspenso um dia depois que as forças do governo mataram o poderoso chefe rebelde Zahrane Alluche, da milícia islâmica Jaich Al-Islã.
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