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Tailândia/Atentado

Tailândia identifica suspeito de atentado que matou 22 em Bancoc

A polícia da Tailândia iniciou a busca a um suspeito do atentado desta segunda-feira (17) no centro de Bancoc, que deixou pelo menos 22 mortos e 123 feridos. Ele foi identificado graças a imagens gravadas por câmeras de segurança.

Suspeito captado pelas câmeras de segurança da polícia tailandesa
Suspeito captado pelas câmeras de segurança da polícia tailandesa REUTERS/Thai Police/Handout via Reuters
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Segundo Prayut Chan-O-Cha, primeiro-ministro e chefe da junta militar que governa a Tailândia, o homem é do noroeste do país e pertence a um grupo de oposição ao governo. A região é conhecida como reduto dos "camisas vermelhas", partidários do governo anterior, destituído em maio do ano passado.

Chan-O-Cha acrescentou ainda que a polícia investiga uma série de mensagens difundidas no Facebook, em que os camisas vermelhas teriam avisado sobre um "risco iminente" a Bancoc, poucas horas antes da explosão. O ataque, no entanto, ainda não foi reivindicado.

Outras pistas

Apesar dessas pistas, a polícia não exclui nenhuma hipótese, seja relacionada à política interna ou externa. Esse que foi o pior atentado já realizado no país poderia ser uma retaliação pela expulsão de 109 membros da minoria muçulmana chinesa uigur.

O premiê disse que o atentado contra o santuário de Erawan, muito frequentado por budistas e outros turistas do mundo inteiro, teve como alvo pessoas inocentes. O santuário fica de frente para o hotel cinco estrelas Grand Hyatt e é cercado de grandes centros comerciais, que recebem milhares de visitantes todos os dias.

Na noite de segunda-feira, as passarelas sobre a avenida atingida, que levam o metrô aéreo, estavam completamente vazias. Nas ruas abaixo, só era possível ver dezenas de policiais e soldados, nos postos de controle.

De acordo com a polícia, três quilos de explosivos estavam amarrados a uma motocicleta e foram detonados às 18h30 no horário local (8h30, em Brasília). A intenção seria fazer o maior número de vítimas e atingir o turismo, um dos poucos setores saudáveis da precária economia tailandesa.

Ataque contra o turismo

A atividade equivale a 8% do PIB do país. No início de agosto, as autoridades locais assinalaram que 12,4 milhões de turistas visitaram o país nos cinco primeiros meses do mês, um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2014. O ano passado foi particularmente penoso para o turismo, por conta das manifestações que aconteceram durante meses e culminaram no golpe militar.

Há turistas entre as vítimas: dois da China, um de Cingapura, um da Indonésia, dois da Malásia e dois de Hong Kong. Pouco depois das explosões, o ministro do Turismo, Kobkarn Wattanavrangkul, visitou o hospital de Chulalongkorn para se certificar de que "havia tradutores suficientes já que muitos chineses não falam inglês".

Na tarde desta terça-feira, um pequeno artefato explosivo foi atirado em um canal próximo de uma estação de trem lotada no centro de Bancoc. De acordo com a polícia, ninguém morreu ou ficou ferido.

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