Acessar o conteúdo principal
Japão

70 anos após Hiroshima, asiáticos aumentam investimento no nuclear

Os sinos tocaram nesta quinta-feira (6) em Hiroshima às 8h15 locais, exatamente 70 anos após o lançamento da bomba atômica por um caça americano, no primeiro ataque nuclear da história, que levou o Japão à capitulação e encerrou a Segunda Guerra Mundial. Sete décadas depois, a proliferação de armas nucleares está em queda no Ocidente e em alta no próprio continente asiático.

Japoneses rezam pelas vítimas da bomba atômica neste 6 de agosto de 2015.
Japoneses rezam pelas vítimas da bomba atômica neste 6 de agosto de 2015. REUTERS/Toru Hanai
Publicidade

A Ásia é hoje o continente com maior crescimento do investimento em armas nucleares, embora ainda detenha uma minoria delas (400 das 15.850 que existem no mundo). Rússia e Estados Unidos são os líderes em quantidade de armas deste tipo, mas os dois países vêm reduzindo seus arsenais há pelo menos 20 anos. Já China, Coreia do Norte, Índia e Paquistão estão desenvolvendo novos sistemas de armas nucleares, segundo o instituto de pesquisa sueco Sipril.

A China possui hoje um dos programas nucleares mais secretos entre as potências. Não se sabe ao certo o número de armas de que o país dispõe, mas estima-se que seja ao redor de 260 ogivas, o que faz o país se aproximar da França que, com 300 dispositivos, é o terceiro país com a maior quantidade de armas nucleares depois de Rússia e Estados Unidos.

Em uma entrevista ao jornal Libération, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Yukiya Amano, disse que “para o Ocidente, o programa nuclear do Irã constitui a principal ameaça”, mas “do ponto de vista do Oriente, o problema é a Ásia”.

Cerimônia em Hiroshima

Na cerimônia desta quinta-feira (6), uma jovem e um estudante golpearam o grande sino com uma viga de madeira na hora exata do bombardeio, em meio ao silêncio da multidão no Parque Monumento da Paz de Hiroshima, cidade de 1 milhão e 200 mil habitantes convertida em símbolo do pacifismo.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e representantes de 100 países estavam entre as 55 mil pessoas que compareceram à cerimônia. Abe disse que o Japão tem a missão de criar um mundo sem armas nucleares.

Em 6 de agosto de 1945, um caça B-29 lançou sobre a cidade uma bomba de urânio, dotada de uma força destrutiva equivalente a 16 quilotoneladas de TNT. O número de mortos é estimado em 140 mil. Três dias depois foi a vez de Nagazaki ser bombardeada.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.