Com série de atentados suicidas, grupo Estado Islâmico avança na Líbia

O grupo Estado Islâmico reivindicou, nesta sexta-feira (20), a autoria de uma série de atentados suicidas que deixaram 31 mortos no leste da Líbia. Os ataques simbolizam a rápida progressão dos terroristas no país magrebino, que vive uma situação caótica desde a queda de Muammar Khadafi e onde a comunidade internacional estuda maneiras de intervir.

Presidente egípcio coordena os ataquse ao EI na Líbia. REUTERS/Defence Ministry

O atentado de hoje ocorreu em Al-Qoba, próximo ao bastião dos jihadistas na Líbia, a cidade de Derna, e também deixou 40 pessoas feridas. As duas explosões atingiram um posto de gasolina, o comissariado de polícia e os arredores da residência do presidente do parlamento líbio, que faz parte do governo atualmente reconhecido pela comunidade internacional, mas que, na prática, já não conta com nenhuma legitimidade.

Segundo o próprio grupo terrorista, os ataques foram efetuados por kamikazes e serviram para “vingar o sangue dos muçulmanos de Derna”, que foram atingidos por ataques aéreos do governo egípcio no início da semana. O Egito foi o primeiro país a intervir na Líbia, em reação à dacapitação de 21 de seus cidadãos pelo grupo Estado Islâmico.

O ataque egípcio foi coordenado com as forças do general Khalifa Haftar, representante do frágil governo líbio. Além do grupo Estado Islâmico, há ainda um outro governo paralelo, composto por uma coalizão de milícias muçulmanas, em teoria, menos radicais.