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Israel/Faixa de Gaza

Autoridades palestinas se reúnem hoje no Cairo para discutir trégua; Israel recusa

Uma delegação palestina é esperada neste sábado (2), no Cairo, para discutir uma trégua, um dia depois do fracasso do cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, disse nesta manhã que o plano de trégua elaborado pelo país oferece uma “chance real” de acabar com o conflito em Gaza.

Ataques israelenses em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta sexta-feira.
Ataques israelenses em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta sexta-feira. Reuters/路透社
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“A proposta egípcia é a chance real de encontrar uma solução para a crise em Gaza e acabar com o banho de sangue”, disse Sisi em uma entrevista à televisão. A delegação será composta pelo presidente da autoridade palestina, Mahmud Abbas, e pelos grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica – este último chegou a afirmar que o encontro seria adiado depois do desaparecimento de um soldado israelense, ontem (1), mas o Cairo confirma que a reunião continua agendada.

Embora não haja confirmação oficial, a imprensa israelense afirma que o país já decidiu que não enviará uma delegação de imediato ao Egito.  "Fazer um acordo não interessa ao Hamas, que está apenas brincando com a comunidade internacional", desdenhou uma transmissão da rádio do exército de Israel.

Quando o conflito eclodiu, no mês passado, o Egito alinhavou uma proposta de cessar-fogo que foi apoiada rapidamente por Israel, diferentes governantes árabes, os Estados Unidos e a ONU, mas não pelo Hamas. O grupo palestino acusou o Egito de estar alinhado a Israel e de ignorar o movimento palestino ao fazer a proposta de cessar-fogo.

Sisi, que assumiu o governo no lugar de seu predecessor islâmico, Mohamed Morsi, tem se movimentado no sentido de isolar o Hamas, que era um aliado da Irmandade Muçulmana de Morsi. A Irmandade tem sofrido com fortes perseguições policiais desde que Morsi deixou o poder.

Obama exige libertação de soldado israelense

Uma nova onda de violência matou dezenas de pessoas em Gaza em seguida ao fracasso de um cassar-fogo humanitário de 72 horas apoiado pela ONU e pelos Estados Unidos. Israel acusa militantes do Hamas de ter capturado um de seus combatentes, o segundo tenente Hadar Goldin, de 23 anos, em um ataque perto da cidade de Rafah, no sul de Gaza, em que outros dois soldados foram mortos. O grupo islâmico nega que tenha sequestrado o israelense.

Em meio à escalda de violência, pelo menos 107 palestinos foram mortos em ataques aéreos isralenses, 35 pessoas na madrugada deste sábado. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o soldado sequestrado deve ser libertado “incondicionalmente”, mas também afirmou que deve haver mais esforços para proteger os civis de Gaza.

As brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do Hamas, no entanto, disseram que não tem conhecimento sobre o paradeiro do israelense: “Não temos informação sobre o soldado. Perdemos contato com um dos nossos grupos combatentes que estava na região onde ele desapareceu e é possível que os nossos combatentes e este soldado tenham sido todos mortos”.

Também neste sábado, o Domo de Ferro de Israel, o moderno aparato de proteção do país, interceptou dois foguetes lançados em direção a Tel Aviv e outro que ia em direção a Beersheba, no sul do país.
 

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