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Israel/Palestina

ONU suspeita de crimes de guerra israelenses na Faixa de Gaza

O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU declarou nesta sexta-feira (11) ter recebido relatórios "perturbadores" dos ataques israelenses contra casas palestinas, que matam civis indiscriminadamente. Entre eles, várias mulheres e crianças. De acordo com a porta-voz Ravina Shamdasani, essas informações "levantam dúvidas sobre a legalidade desses ataques do ponto de vista das leis humanitárias internacionais".

Palestinos fogem depois de ter suas casas atingida por bombas israelenses na Faixa de Gaza
Palestinos fogem depois de ter suas casas atingida por bombas israelenses na Faixa de Gaza REUTERS/Majdi Fathi
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De fato, de acordo com a Convenção de Genebra, ataques a habitações são qualificados como crimes de guerra, a não ser quando os prédios são utilizados para fins militares. "Mesmo que se comprove que uma casa é utilizada para fins militares, qualquer ataque deve ser calculado, ter sua importância militar calculada e medidas de precaução têm de ser tomadas para proteger os civis", declarou Shamdasani.

A comissária Navy Pillar fez um apelo para que israelenses e palestinos desistam dessa escalada, que só causa sofrimento e destruição. "Israel, o Hamas e os grupos armados palestinos já escolheram essa via no passado e ela não trouxe nada além de mortes, destruição, desconfiança e um prolongamento doloroso do conflito", informou a comissária em comunicado.

O texto pede ainda que recursos militares não sejam colocados em áreas residenciais e que ataques não sejam lançados a partir desses locais.

Hamas ataca aeroporto internacional

Em represália aos bombardeios israelenses que mataram 100 palestinos em quatro dias, o braço armado do Hamas estabeleceu um novo alvo de ataques em Israel, o aeroporto internacional Ben Gurion, na periferia de Tel Aviv.

Em comunicado, o Hamas recomendou que as companhias aéreas interrompam o serviço ao aeroporto, que abriga uma base militar. O aeroporto chegou a ser fechado por nove minutos, mas depois foi reaberto. O grupo já disparou quatro M75 contra o aeroporto, mas eles foram interceptados pela bateria antimísseis israelense Domo de Ferro.

O sistema, construído por uma empresa israelense com financiamento norte-americano, tem conseguido bloquear a maior parte dos ataques contra o país.

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