Bashar Al-Assad volta a afirmar que não deixará o poder

O presidente sírio Bashar-al-Assad declarou nesta segunda-feira (7) que não esperava seguir o exemplo do presidente ucraniano Viktor Yanukovitch e acrescentou que não deixaria o poder. A mensagem foi enviada ao presidente russo Vlamidir Putin, de acordo com o ex-premiê Sergueï Stepachine, que esteve em Damasco.

O presidente sírio Bashar al-Assad REUTERS/SANA/Handout via Reuters

O responsável russo viajou à Síria na semana passada com uma delegação para transmitir ao presidente sírio uma mensagem de Putin, aliado do regime sírio, que está em guerra civil contra grupos de opositores desde março de 2011. "Eu me encontrei com o presidente da Síria em uma de suas residências para informá-lo que Moscou apoiava o governo na sua luta contra o terrorismo", disse.

O responsável russo também agradeceu a decisão do governo sírio de aceitar destruir as armas químicas. "Contrariamente a Yanukovitch, Assad não têm inimigos próximos. E não há dúvida nenhuma de que ele sabe o que faz", disse o ex-premiê. "Fisicamente, Bashar está em plena forma", declarou.

Hoje, o presidente sírio também informou que a fase ativa das ações militares na Síria será encerrada a até o fim de 2014 e a luta contra os terroristas "começará em seguida." Bashar al-Assad ainda não oficializou sua intenção de disputar um terceiro mandato nas eleições previstas em julho, mas o líder do regime disse que há "fortes chances que ele o faça."

No início de março, o Parlamento sírio votou uma lei que exclui a participação da oposição no exílio nas próximas eleições presidenciais e abre a possibilidade para que Assad dispute a reeleição.