Candidatos à presidência do Afeganistão denunciam "problemas" na votação

Um dia depois da realização das eleições presidenciais no Afeganistão, marcadas pela forte presença de eleitores e por um clima de tranquilidade, apesar de ameaças dos talebãs, os principais candidatos à sucessão de Hamid Karzai denunciam “problemas”, “irregularidades” e talvez “fraudes graves”.

Em Mazar-e-Sharif, quarta maior cidade do Afeganistão, um idoso faz questão de votar para presidente. ix à travers son bulletin de vote. REUTERS/Zohra Bensemr

“Foi um grande dia para a democracia no Afeganistão”, declarou neste domingo (6), Zalmai Rassoul, um dos mais cotados nas pesquisas de opinião, durante coletiva de imprensa em Cabul. “Mas houve problemas em alguns locais”, acrescentou o ex-ministro das Relações Exteriores. Ele não deu mais detalhes sobre essas “irregularidades”, que já foram transmitidas à Comissão de Reclamações Eleitorais.

O adversário Ashraf Ghani, ex-ministro das Finanças, também fez denúncias: “há informações de fraudes graves em certos locais; tudo foi registrado e será transmitido” ao órgão competente. Já Abdullah Abdullah, o terceiro favorito do páreo de um total de oito candidatos, qualificou o pleito de “grande sucesso”, mas que “não foi à prova de irregularidades”.

Longas filas foram vistas ao longo do sábado diante de muitos dos 6400 locais de votação. Os resultados preliminares só serão divulgados a partir de 24 de abril.

Desafio

O grande desafio do novo presidente será liderar a luta contra os talebãs sem a ajuda de tropas lideradas por americanos, além de fortalecer a economia, que atualmente depende de ajuda externa, que vem diminuindo.

O Paquistão é um país pobre, com 28 milhões de habitantes e massacrado por três décadas de guerra. Os 51 mil soldados da Otan devem devem deixar o país até o final do ano.