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Síria/Conflitos

Human Rights Watch condena violência contra civis na Síria

A ONG Human Rights Watch condenou nesse sábado, 21 de dezembro, o aumento da violência registrada nos últimos dias em Aleppo, no norte do país, onde mais de 200 pessoas morreram em menos de uma semana. A entidade denuncia ataques lançados deliberadamente contra populações civis.

O jovem fotógrafo sírio Molhem Barakat, autor dessa imagem e morto nesse fim de semana, colaborava com agências de notícias internacionais.
O jovem fotógrafo sírio Molhem Barakat, autor dessa imagem e morto nesse fim de semana, colaborava com agências de notícias internacionais. REUTERS/Molhem Barakat
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Centenas de pessoas foram mortas nos últimos dias no norte da Síria, vítimas de ataques que provocaram a indignação da Human Rights Watch (HRW). Para Ole Solvang, responsável do departamento de Emergências da ONG baseada em Nova York “ou a força aérea síria é muito incompetente, já que vem matando vários civis, ou eles visam deliberadamente as zonas civis”. Segundo a entidade, 232 pessoas foram mortas em menos de uma semana na região de Aleppo.

A organização denuncia os métodos do exército sírio, que utiliza barris de explosivos com forte poder de destruição e que “não faz a diferença entre civis e combatentes”. Como exemplo, a HRW fala de um ataque que atingiu uma escola e matou pelo menos 14 pessoas, entres elas várias crianças. As ofensivas visam principalmente os bairros do leste da cidade, em uma região controlada pelos rebeldes.

Nesse sábado Darat Ezza e Bayanoune, na província de Aleppo, também foram alvos de ataques que deixaram seis mortos, entre eles três mulheres e duas crianças. “Os helicópteros também lançaram barris de explosivos na zona do hospital al-Kindi”, segundo informações do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O estabelecimento, tomado pelos rebeldes, abrigava há meses as forças militares do regime.

Na noite de sexta-feira um fotógrafo sírio de apenas 18 anos, que trabalhava para a imprensa internacional, foi assassinado quando cobria os combates em torno do hospital. De acordo os amigos da vítima, o jovem Molhem Barakat, que começou a carreira realizando fotografias dos confrontos com seus telefone celular, colaborava com a agência de notícias Reuters e teve suas imagens publicadas em jornais em vários países. 

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