França anuncia reforço militar para República Centro-Africana
A França se prepara para intervir na República Centro-Africana, um país que enfrenta o caos e insegurança há 8 meses, desde a queda do presidente François Bozizé, destituído por um coalizão rebelde. O chanceler francês anunciou ontem o envio de mil soldados para reforçar durante seis meses a Misca, missão internacional de apoio à República Centro-Africana.
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Na segunda-feira, a França aos seus parceiros do Conselho de Segurança da ONU que a atual missão seja transformada em força de paz. O secretário-geral Ban Ki-moon sugeriu o envio de 6 mil a 9 mil capacetes azuis, mas Estados Unidos e Grã-Bretanha se mostram reticentes em financiar uma nova operação na África.
O ciclo de violência piorou a partir de agosto, sobretudo no norte do país, onde cristãos que representam 80% da população, conviviam em certa harmonia com a minoria muçulmana. Verdadeiros massacres foram atribuídos à coalizão rebelde Seleka, cujo líder Michel Djotodia governa provisoriamente a República Centro-Africana.
Em represália, milícias cristãs atacaram muçulmanos, acusados de cumplicidade, provocando uma espiral de violência.
A insegurança atinge todo o país e na capital Bangui, sequestros e saques são registrados diariamente desde a queda de Bozizé, em março. A França e os Estados Unidos alertaram para o risco de genocídio, mas a Human Right Watch considera a expressão “inadaptada”.
Segundo a ONG, os grupos armados têm uma estratégia criminosa, mas não há coordenação entre eles. Todos concordam, no entanto, em por um fim a uma verdadeira catástrofe e ajudar a reconstrução de um país à beira da implosão.
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