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Irã/Israel

Em seu último dia de governo, Ahmadinejad volta a ameaçar Israel

Durante sua participação na Jornada Anual de Jerusalém em Teerã, o presidente iraniano declarou que Israel, "inimigo número um da República Islâmica", seria destruído por uma “tempestade devastadora.” O novo chefe de estado, Hassan Rohani, que assume neste sábado, também provocou o país.

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad
O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad Foto: Reuters
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O presidente Mahmoud Ahmadinejad encerra seu mandato hoje, e, para marcar a data, voltou a provocar Israel. "Deus é testemunha, uma tempestade devastadora vai destruir a base do sionismo", disse. "Israel não tem seu lugar nessa região", declarou, diante de uma multidão em Jerusalém.Mais tarde, o presidente Rohani ainda acrescentou que o país "é um corpo estranho que deve ser extirpado."

Esta é a última aparição pública de Ahmadinejad antes da posse do novo presidente, Hassan Rohani, eleito no último dia 14 junho. Sua chegada ao poder também deveria marcar o início de um processo de reaproximação com as potências ocidentais, já que Rohani, religioso de 64 anos,é conhecido por pertencer à ala mais moderada da política iraniana. Mas sua declaração gera um novo clima de ceticismo entre as potências.

Sua vitória, aliás, foi uma surpresa. Com poucas chances de vencer o pleito, ele acabou obtendo 50,68% dos votos, sendo eleito já no primeiro turno. Rohani beneficiou da divisão no campo conservador e da mobilização do seu eleitorado. Durante a campanha e depois da eleição, ele defendeu várias vezes uma maior abertura de diálogo com o Ocidente, com o objetivo de negociar o fim das sanções, que geraram uma grave crise econômica no país.

Rohani foi vice-presidente do Parlamento e chefe dos negociadores nucleares entre 2003 e 2005. Foi neste período que ele ficou conhecido como  "xeique diplomata." Em 2003, durante as negociações com Paris, Londres e Berlim, ele aceitou a suspensão do enriquecimento de urânio pelo Irã e a aplicação do protocolo adicional ao Tratado de Não-proliferação nuclear. A decisão fez com que ele ganhasse a confiança dos ocidentais. Depois da sua eleição, Rohani declarou que poderia voltar a discutir com os Estados Unidos, mas rejeitou a suspensão do programa nuclear iraniano.

 

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