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Síria

Amigos da Síria organizam envio de armas aos rebeldes

A reunião dos Amigos da Síria que aconteceu neste sábado em Doha, no Catar, colocou em pauta as formas de ajuda aos opositores do regime de Bashar AL Assad. O país anfitrião defendeu o envio direto de armas para os rebeldes. Já a França pediu o fim do apoio do Irã e do Hezbollah ai exército sírio.

Líderes do grupo de Amigos da Síria reúnem-se em Doha ( Catar).
Líderes do grupo de Amigos da Síria reúnem-se em Doha ( Catar). REUTERS/Jacquelyn Martin
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Neste sábado, o premiê do Catar, Hamad Ben Jassem Al-Thani, pediu que os países que integram o grupo de Amigos da Síria enviem armas para os rebeldes sírios. Para Al-Thani, as negociações com o presidente Bashar Al-Assad só irão avançar quando houver um “equilíbrio” entre os dois lados.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, reafirmou o apoio dos seu país à oposição síria. “Os Estados Unidos e os outros países reunidos aqui, cada um a seu modo, vão aumentar (...) a ajuda para a oposição política e militar para encerrar o desequilíbrio”, disse. Mas ele insistiu que os membros do grupo (EUA, França, Alemanha, Egito, Jordânia, Catar, Arábia Saudita, Itália, Jordânia, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido) devem enviar a ajuda apenas para o Conselho Militar Supremo do Exército Sírio Livre. Para o chefe da diplomacia americana, esse é o melhor modo de evitar que armas possam cair nas mãos de extremistas.

Ben Jassem Al-Thani declarou ainda que os participantes da reunião têm que definir um calendário detalhado de negociações “para garantir uma solução pacífica” e reforçar a oposição que tem perdido terreno diante dos avanços das tropas do exército sírio. “Nós não somos contra o diálogo e a solução pacífica. Apoiamos Genebra 2 para uma transição pacífica do poder na Síria”, declarou Al-Thani que, além de premiê, também é chanceler do Catar. Ele, contudo, argumentou que qualquer solução para a crise “passa pela formação de um governo de transição com plenos poderes e no qual Bashar al-Assad e seus colaboradores não tenham lugar”.

Uma reunião entre os representantes da ONU, da Rússia e dos Estados Unidos está marcada para o próximo dia 25 de junho em Genebra a fim de preparar uma conferência internacional sobre a crise na Síria programada para o final julho. O encontro foi adiado porque ainda não houve um acordo sobre a lista de países participantes. Segundo as Nações Unidas, o conflito na Síria já deixou 93 mil mortos em dois anos.

 

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