Wen Jiabao se despede em discurso na Assembleia Popular na China
O primeiro-ministro Wen Jiabao e o presidente Hu Jintao vão passar o poder da segunda economia mundial nesta semana, durante a décima segunda Assembleia Popular Nacional, que começou nesta terça-feira em Pequim. Jiabao confirmou a meta de crescimento de 7,5% do PIB em 2013.
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Luiz Tasso Neto, correspondente da RFI em Pequim
Quase três mil representantes de todas as regiões chinesas participam da reunião, que vai até o próximo dia 17, e deve definir os rumos do gigante asiático pelo próximo ano. O evento foi aberto pelo premiê Wen Jiabao que fez um discurso de adeus confiante. Ele disse que a China vai manter sua meta de crescimento do Produto Interno Bruto para 2013 em torno de 7,5%. É a menor previsão de crescimento em 13 anos. No ano passado o PIB do país fechou em 8,34 trilhões de dólares.
Diante de três mil representantes da Assembleia Nacional Popular, reunidos no palácio do povo em Pequim, o premiê Wen Jiabao apresentou o tradicional relatório de atividade do governo. O documento, de 32 páginas, faz um balanço dos últimos cinco anos, e traça as perspectivas nos próximos anos para a segunda economia mundial.
Xi Jinping assumirá a presidência do país no lugar de Hu Jintao, enquanto Li Keqiang fica com a vaga de premiê de Wen Jiabao. Wen Jiabao também estabeleceu metas importantes para o desenvolvimento econômico e social deste ano. Entre elas, a manutenção do Índice de Preços ao Consumidor, o IPC, em 3,5%; a criação de mais de nove milhões de empregos urbanos; e a manutenção da taxa de desemprego nas cidades abaixo de 4,6%. Ele disse ainda que o governo deve assegurar que o aumento da renda per capita esteja em sintonia com a alta na produtividade.
O primeiro-ministro destacou que o governo vai procurar otimizar a estrutura de suas despesas, de modo a dar prioridade aos gastos com bem-estar das pessoas e fortalecer a gestão da dívida dos governos locais.A primeira sessão desta APN, dá a entender que a China não deve sair muito do rumo que vem tomando nos últimos 10 anos. Outros temas que chamam muita atenção e que devem ser abordados até o próximo dia 17 são a transformação do modelo de crescimento econômico, a política e os investimentos na área militar, além das disputas territoriais com vizinhos do sudeste asiático, especialmente o Japão.
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