Em Moscou, oposição síria rejeita diálogo com Bachar al-Assad
O encontro entre o governo russo e a oposição síria terminou sem avanços, segundo Abdel Basset Sayda, novo líder do Conselho Nacional Sírio, principal coalizão da oposição.A Rússia anunciou que continuará vendendo armas para os sírios.
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A Rússia não mudou sua posição a respeito da Síria, segundo os dirigentes da oposição no país que participaram da reunião nesta quarta-feira com o ministro das relações exteriores, Serguei Lavrov. “Reitero em nome de toda a oposição síria que não haverá diálogo enquanto Bachar al-Assad continuar no poder. Mas a Rússia tem outra opinião”, disse Abdel Basset Sayda, líder do Conselho Nacional Sírio.
De acordo com ele, não há evolução sobre a posição russa, e há cerca de um ano, depois de uma reunião parecida, as propostas continuam as mesmas. Os russos, diz ele, ainda continuam acreditando que Bachar al-Assad tem o apoio do povo sírio. Pouco depois da reunião, o diretor adjunto do serviço federal de cooperação militar, Viatcheslav Dzirkaln, declarou que continuará a honrar o contrato de entrega de sistemas de defesa antiaérea.
Os membros da delegação do Conselho Nacional Sírio chegaram nesta terça-feira a Moscou."Os acontecimentos na Síria não são apenas resultados do desacordo entre a oposição e o governo, mas de uma revolução que acontece no país", disse Abdel Basset Sayda pouco antes do início da reunião com o chanceler russo, Serguei Lavrov. Ele comparou a situação da Síria com a da Rússia em 1991, época do desmantelamento da União Soviética.
De acordo com o chanceler russo, o objetivo da reunião é o responder todas as questões do Conselho Nacional Sírio para que "não sobre nenhuma dúvida sobre a política russa. " A Rússia também quer perspectivas concretas de uma abertura de diálogo com o governo sírio, como prevê o plano do emissário Kofi Annan, aprovado pelo
Conselho de Segurança da ONU.
Conflitos deixaram 82 mortos
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, 82 pessoas morreram nesta terça-feira na Síria. Entre eles, 30 civis, 26 soldados e 26 rebeldes. Foram registrados conflitos em Damasco e Alep, onde foram ouvidas fortes explosões. Ainda na captial um grupo de jovens fez uma manifestação no bairro de Mazzé contra o regime de Bachar al-Assad.
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