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Tibete/China

Ano Novo tibetano é marcado por repressão da China

Diante da violenta repressão aos protestos na região, o governo do Tibete, cujos representantes vivem exilados na Índia, pediram aos tibetanos na China que boicotassem a celebração do Ano Novo, que começa nesta quarta-feira. A festa budista é uma das mais importantes do país.

Monge caminha dentro do Templo de Labrang às vésperas do Ano Novo tibetano.
Monge caminha dentro do Templo de Labrang às vésperas do Ano Novo tibetano. Reuters/Carlos Barria
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"Em tempos normais, os tibetanos estariam preparando a festa e as reuniões em família", explicou Kate Saunders, porta-voz da ONG International Campagne for Tibet. "Neste ano, os tibetanos decidiram principalmente honrar os mortos, rezando e fazendo uma homenagem solene segundo suas tradições”, declarou.

Em um ano, pelo menos 22 tibetanos, a maioria monges budistas, atearam fogo ao próprio corpo. Os suicídios públicos, segundo analistas, ilustram o desespero em relação à repressão do governo central. Os tibetanos têm tido cada vez mais problemas em aceitar as regras que dificultam suas práticas religiosas e culturais e um aumento da implantação da etnia Han, majoritária na China, nas áreas que pertencem ao país.

No último domingo, no sudoeste da China, centenas de tibetanos se reuniram, apesar da ameaça das forças de segurança, em homenagem a um jovem monge budista que se imolou.

De acordo com grupos de exilados, as autoridades chinesas têm aumentado a fiscalização nos monastérios e limitado os contatos telefônicos e pela Internet. As autoridades chinesas também proibiram o acesso da imprensa em algumas regiões do país.

Diversos tibetanos que estavam na Índia também foram detidos na volta ao país, de acordo com a organização Human Rights Watch. Segundo integrantes do governo no exílio, as autoridades prenderam cerca de 7 mil pessoas. Em Lhassa, capital do país, também foram inaugurados 130 novos postos de controle para veículos e pedestres.
 

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