Governo provisório teme guerra civil na Líbia
O presidente do Conselho Nacional da Transição (CNT) Mustafa Abdeljalil, declarou hoje que existe um risco de guerra civil na Líbia, caso as milícias revolucionárias que contribuíram para a queda do ditador Mouammar Kadafi não forem controladas. Ele se pronunciou nesta quarta-feira sobre os confrontos entre as milícias locais e os combatentes da cidade de Misrata, que mataram quatro pessoas ontem no centro de Trípoli.
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"Nós tínhamos duas possibilidades: ou respondíamos severamente à estes eventos (combates entre as milícias) que levariam a um confronto militar entre líbios que não podemos aceitar, ou então seria o início de uma guerra civil", declarou Abdeljalil, em Benghazi, no leste da Líbia. Ele acrescentou ainda que "sem segurança não há justiça, progresso e eleições. Cada um quer impor sua própria lei. Não existirá segurança enquanto os combatentes se recusarem a render suas armas".
Recentemente, Abdeljalil nomeou para chefe das forças armadas líbias o general aposentado Youssef al Mankouch, proveniente de Misrata, um dos bastiões da resistência a Kadafi. Mankouch, um dos primeiros a participar das revoltas que levaram a queda do regime e à morte do ex-ditador, no dia 20 de outubro, ocupa atualmente o cargo de vice-ministro da Defesa.
A nomeação de Youssef al Mankouch é a primeira medida importante tomada pelo CNT para restabelecer o Exército nacional. Entre os desafios que o general tem pela frente está o de pacificar as milícias rivais que continuam se enfrentando, dois meses e meio após a morte de Kadafi. No dia 11 de dezembro, por exemplo, os soldados do Exército combateram milicianos que queriam tomar o controle do aeroporto internacional de Trípoli.
Com a colaboração de Carla Tomazini
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