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Kadafi/Níger

Filho de Kadafi tenta atravessar a fronteira com o Níger

O filho do ex-ditador Kadafi, Seif Al-Islam, alvo de um mandado de prisão da Corte Penal Internacional por crimes contra a humanidade, está próximo da fronteira com o Níger, segundo um representante da região de Agadez. Pelo menos 32 pessoas próximas de Kadafi, entre parentes e representantes do seu governo, se refugiaram no país que, por enquanto, não pretende expulsar os líbios.

Seif Al-Islam; filho de Kadafi, estaria próximo da fronteira com o Níger.
Seif Al-Islam; filho de Kadafi, estaria próximo da fronteira com o Níger. REUTERS/Paul Hackett
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O filho de Kadafi, de 39 anos, estaria prestes a entrar no Níger, segundo um representante do país. Escoltado por combatentes tuaregues, ele se aproxima da fronteira. Seif Al-Islam estaria acompanhado do chefe do serviço secreto líbio, Abdallah al-Senoussi, ex-braço direito e genro do ex-ditador, também procurado pela Interpol desde o dia 9 de setembro. Seus outros cinco irmãos e a mãe, Safyia, morreram ou estariam na Argélia ou país. Um deles, Muatassim, morreu ao lado de Kadafi durante a tentativa de fuga na quinta-feira. "Seif Al-Islam não é uma ameaça. Seu pai, seus homens e seus mercenários foram vencidos", disse o ministro líbio das Finanças do Conselho Nacional de Transição, Ali Tarhouni.

O Níger é o último refúgio dos antigos aliados de Kadafi. Pelo menos 30 deles se refugiaram no país. Entre eles, seu outro filho, Saadi, que foi recebido por razões ‘humanitárias’, segundo o governo do Níger. O chanceler Mohamed Bazoum disse nesta sexta-feira que o fim da guerra na Líbia também coloca um ponto final nas medidas restritivas contra os aliados de Kadafi, algumas delas impostas em sanções pela ONU. Mas Saadi, por exemplo continua impedido de viajar. Apesar de garantir que irá respeitar as obrigações internacionais, o governo do Níger exclui por enquanto a extradição do filho do ex-ditador, que deve ter direito a um processo "imparcial", segundo as autoridades do país.

Seif Al-Islam era considerado o sucessor de Kadafi, e mantinha uma imagem de "reformista." Formado pela London School, ele ficou conhecido pela mediação na libertação das enfermeiras búlgaras em 2007, condenadas a oito anos de detenção acusadas de inocular o vírus HIV em crianças líbias. Ele também negociou as indenizações das vítimas dos atentados de Lockerbie. O herdeiro de Kadafi adotou um tom mais agressivo durante a guerra civil no país, prometendo "um banho de sangue" no início da revolta, em fevereiro.

CNT pede que OTAN continue no país

O ministro líbio das Finanças do Conselho Nacional de Transição, Ali Tarhouni, pediu que a OTAN prolongue sua missão na Líbia, e continue pelo menos mais um ano no país. A declaração foi dada durante uma coletiva em Bengazhi. A Organização deve deixar o país no dia 31 de outubro. Em Bruxelas, um responsável da OTAN disse à agência AFP que não recebeu um pedido formal das autoridades líbias.

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