Coreia do Norte decide não reagir às manobras sul-coreanas

Para alívio da comunidade internacional, a Coreia do Norte afirmou que não vai reagir aos exercícios militares realizados nesta segunda-feira pelos sul-coreanos na ilha de Yeonpyeong.

As manobras militares sul-coreanas na ilha de Yeonpyeong duraram poucas horas. Reuters

A primeira reação oficial de Pyongyang aos exercícios alivia um pouco a tensão entre os dois países. No fim da semana passada, o governo norte-coreano havia feito graves ameaças, caso Seul insistisse em realizar as manobras, que acabaram acontecendo hoje no Mar Amarelo, com tiros reais de artilharia. 

Declarando que "não sentiu necessidade" de reagir às maobras efetuadas, o exército da Coreia do Norte descarta a eventualidade imediata de represálias.

O local escolhido pelos sul-coreanos foi a ilha de Yeonpyeong, bombardeada em 23 de novembro por um míssil da Coreia do Norte, um ataque que matou dois militares e dois civis. Desde então, a  tensão é latente na região. O exército sul-coreano e os habitantes das ilhas no mar Amarelo, na fronteira, foram colocados em estado de alerta. No fim da semana passada, Pyongyang falou em "desastre" caso Seul insistisse em realizar as manobras, um revide ao ataque à ilha.

Conselho de Segurança

No domingo, a pedido da Rússia, os 15 países do Conselho de Segurança da ONU se reuniram em caráter de urgência para discutir a situação entre as duas Coreias. O encontro terminou sem um acordo final que permitisse que os sul-coreanos anulassem as manobras.

Segundo diplomatas, a China, único membro do Conselho que apoia a Coreia do Norte, rejeitou o pedido dos outros países para que a declaração final da reunião condenasse o ataque norte-coreano ao território vizinho.