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Europa/Terrorismo

Al Qaeda impõe condições para libertar franceses no Níger

Segundo a rede de TV Al Arabia, a filial da organização terrorista no Magreb pede que o governo francês retire a lei que proíbe o véu integral islâmico nos espaços públicos  

Um dos reféns sequestrados no norte do Níger pela rede terrorista Al-Qaeda precisa com urgência de tratamento médico.
Um dos reféns sequestrados no norte do Níger pela rede terrorista Al-Qaeda precisa com urgência de tratamento médico. Reuters
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A filial da rede terrorista Al Qaeda no Magreb, no norte da África, conhecida como Aqmi, teria imposto condições para libertar os cinco reféns franceses e dois africanos presos no Níger, divulgou o canal de TV Al Arabia, nesta segunda-feira. Entre elas, a retirada da lei que proíbe a burqa, o véu integral islâmico, em espaços públicos, aprovada na semana passada pelo Conselho Constitucional francês. Os extremistas também exigem a libertação imediata de ativistas presos na Europa, além de sete milhões de euros, um milhão para cada refém, funcionários da Areva.

O grupo foi sequestrado no dia 16 de setembro no Níger e levados em seguida para o norte do Mali.  A única mulher do grupo, Françoise Larribe, estaria com câncer e precisa de tratamento. A informação foi dada neste domingo por um mediador nigeriano, que estaria fazendo a ponte entre a França e os extremistas. Segundo ele, os sequestradores afirmaram que "Françoise não resistirá por muito tempo."

O Ministério francês das relações exteriores não quis comentar as informações. De acordo com a porta-voz adjunta do Ministério, Christine Fages, "a discrição é uma condição fundamental para a eficácia da ação" e existem muitos boatos do mesmo tipo que se mostraram infundados. No fim de setembro, o governo francês,  se disse disposto a discutir com os sequestradores, mas afirmou não ter recebido nenhuma proposta formal da organização. No início do mês, a TV Al Jazira difundiu imagens dos cinco reféns.

Em julho, a Al Qaeda executou o francês Michel Germaneau, 78 anos, que trabalhava para uma ONG na região. A rede terrorista afirmou que se tratava de uma represália a uma operação conjunta das forças francesas e mauritanas contra um campo de treinamento de rebeldes islâmicos, conhecidos como katibas, no deserto de Sahel. O ataque, ocorrido em julho, provocou a morte de seis extremistas e teria contribuído para o aumento das ameaças de atentado no continente europeu nas últimas semanas.
 

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