A cada 4 segundos aparece um caso de demência no mundo, diz OMS
Os casos de demência, uma síndrome provocada principalmente pelo Mal de Alzheimer, poderá dobrar até 2030 e mais que triplicar até 2050 e atingir 115,4 milhões de pessoas no mundo, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado nesta quarta-feira.
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Atualmente cerca de 35,6 milhões de pessoas no mundo sofrem de demência, uma síndrome provocada por diversas doenças do cérebro que afetam a memória, o raciocínio, o comportamento e a aptidão para realizar tarefas cotidianas.
A doença de Alzheimer é a causa mais comum da demência, podendo representar 70% dos casos. “Temos que agir, nós devemos parar com essa epidemia”, disse Marc Wortmann, diretor da ONG ADI (Alzheimer Desease International) durante uma entrevista coletiva, em Genebra.
De acordo com o relatório da OMS - o primeiro dedicado à demência -, um novo caso da doença é detectado no mundo a cada 4 segundos. Em 2050, a previsão é de um novo caso a cada segundo.
Estimativas dos especialistas indicam que os custos para tratamento da doença cehgam a 304 bilhões de dólares por ano atualmente. O valor leva em consideração os gastos com saúde e assistência social bem como a redução ou perda de salário dos doentes e dos profissionais da área.
Segundo o estudo, todos os países registram a doença mas a maior incidência, 58%, é nos países mais pobres ou em desenvolvimento.Esta proporção pode ser superior a 70% em 2050 diante do aumento da taxa de envelhecimento da população de países como China, Índia e Brasil, afirmou o diretor do departamento de doença mental e abuso de substâncias psicoativas da OMS, Shekhar Saxena.
“É um grito de alerta”, disse Saxena alertando os países mais pobres para criar políticas nacionais para enfrentar a doença. No relatório, a OMS recomenda às autoridades sanitárias a adoção de programas focados principalmente para reduzir a estigmatização da doença e melhorar a qualidade dos tratamentos.
Outro aspecto importante apontado pela Organização Mundial da Saúde é criar condições para melhorar o diagnóstico da demência e a formação dos profissionais para identificar precocemente a doença. Nos países mais pobres e em desenvolvimento, normalmente os casos são abordados quando a demência já está em estado avançado.
Atualmente a demência não tem cura mas alguns tratamentos permitem retardar o avanço da doença.
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