Mulher de candidato francês Fillon teria recebido € 900 mil sem trabalhar
Penelope Fillon, mulher do candidato conservador à presidência da França, François Fillon recebeu mais de € 900 mil como assistente parlamentar de seu marido, sem efetivamente trabalhar, afirmou o jornal Le Canard Enchaîné em sua edição desta semana.
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Além de ter contratado a mulher, o candidato presidencial empregou dois de seus filhos como assistentes parlamentares quando foi senador entre 2005 e 2007, segundo a mesma fonte.
Fillon, favorito da direita nas pesquisas para a eleição presidencial, já negou que sua mulher tenha sido funcionária fantasma e se disse disposto a renunciar caso seja provado o contrário.
A lei francesa não proíbe a contratação de um familiar pelos deputados, desde que a pessoa desempenhe funções efetivas, mas o Le Canard Enchaîné afirma que não há registros de atividades de Penelope ou de sua presença na Assembleia Nacional.
Revista do escritório
Os deputados franceses dispõem de um montante mensal (€ 9.561 em 2016) para remunerar o trabalho real de até cinco colaboradores, mesmo familiares.
Nesta terça-feira (31), investigadores franceses apreenderam documentos em função da denúncia do emprego fantasma de Penelope.
Os agentes revistaram o escritório do político em busca de supostos pagamentos recebidos por sua mulher. No entanto, fontes ligadas à investigação afirmaram que se tratou de uma entrega de documentos, e não de uma revista policial.
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