Ex-presidente francês terá que devolver dinheiro aos cofres do estado
O Conselho Constitucional francês rejeitou as contas da campanha eleitoral de 2007 do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy. Uma decisão inédita, que obrigará o ex-chefe a devolver 1,5 milhão de reais para o estado francês. Em sua página no Facebook, ele pediu o apoio dos militantes do seu partido, a UMP.
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O fato é inédito. Nunca um candidato ao segundo turno das presidenciais teve as contas impugnadas. A decisão vai privar a UMP de quase 11 milhões de euros, cerca de 30 milhões de reais, que seriam reembolsados ao partido pelos cofres públicos, conforme prevê a legislação eleitoral.
Sarkozy terá de devolver do próprio bolso o equivalente a 1,5 milhão de reais por ter ultrapassado o teto de gastos legais permitidos pela lei eleitoral. Muito irritado, e denunciando por meio de amigos ter se tornado um alvo de todos os poderes públicos, o ex-presidente pediu demissão do Conselho Constitucional, órgão onde todos os ex-chefes de Estado franceses têm uma cadeira vitalícia. Os socialistas negam que tenha havido uma decisão política contra Sarkozy.
A decisão do Conselho Constitucional agrava a crise financeira no partido conservador, considerado praticamente falido. A UMP vai lançar uma grande coleta de fundos junto de seus militantes e afirma precisar de 35 euros, 100 reais, de cada filiado para sair do vermelho. Hoje, em sua página no Facebook, Sarkozy disse que vai "lutar para manter a livre expressão democrática no país" e pediu apoio dos militantes de direita nesta mobilização.
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