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França/Saúde

Governo francês recomenda retirada de prótese mamária PIP

O Ministério da Saúde francês recomendou oficialmente nesta sexta-feira às 30 mil mulheres que receberam as próteses mamárias da marca PIP (Poly Implant Prothèse) que retirem seus implantes a título preventivo, mas sem urgência.

Cirurgião francês exibe prótese de silicone da marca PIP após sua retirada de seio de paciente, nesta quarta-feira.
Cirurgião francês exibe prótese de silicone da marca PIP após sua retirada de seio de paciente, nesta quarta-feira. REUTERS/Eric Gaillard
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O comunicado do Ministério da Saúde informa que os implantes devem ser extraídos mesmo de portadoras que não identificaram um rompimento da cápsula de silicone defeituosa.

As próteses da marca PIP, foram proibidas no mercado mundial no ano passado, após a descoberta de que o silicone fabricado era na verdade um produto industrial mais barato e não feito para uso médico.

Este ano, surgiram casos de câncer suspeitos de estarem relacionados com o gel inadequado para a saúde e duas mil mulheres abriram processos na justiça contra o fabricante por homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar.

Um estudo do Instituto Nacional do Câncer não estabeleceu, por enquanto, uma relação de causa e efeito entre a doença e os implantes defeituosos, mas uma portadora da prótese PIP morreu vítima de linfoma após a ruptura da cápsula.

O fabricante francês exportava 80% da sua produção, que era vendida em 65 países. Estima-se que cerca de 300 mil pessoas no mundo colocaram os implantes de silicone PIP, 10% delas no Brasil.

A secretária de Estado para a Saúde, Nora Berra, pediu hoje que os cirurgiões plásticos que vão implantar novas próteses mamárias nas mulheres depois que o implante PIP for retirado cobrem "preços razoáveis".

O governo previu que o sistema púbico de saúde francês pague os custos da retirada de todos os implantes. Mas somente as pacientes que colocaram próteses devido a uma cirurgia de reconstrução após um câncer de mama terão direito a colocar novos implantes por conta do governo.

 

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